Dial-ethos

Universidades públicas para burgueses, professores e intelectuais "de esquerda" etc. Povão dividido: defender um político acusado disso e daquilo, condenado a quase uma década. Outra parte do povo, batendo panelas e com camisa de seleção brasileira de futbeol. Outra parte, cheia de problemas ou nem aí para "A Hora do Brasil". A fórmula continua. Pequenos abismos -- ora "para o alto e avante!", ora em direção às profundezas do inferno -- são mantidos em formação constante. Pra que mudar a realidade? Tá tudo tão... hã... como é/deve ser, não? "Pra que mexer em time que tá 'ganhano'?"

Estuda-se um Lipovetsky e os vazios de cada era; um Bauman e a liquidez dos assuntos abordados; as vendas e as discussões produzidas geram algum lucro interessante -- a quem de direito, claro.

E eu -- autor da casa do chapéu, desconhecidíssimo, já fora da embusteira rede social (Facebook) -- reclamando sozinho. Idiota (olho apenas para meu próprio umbigo!) que sou, quem irá se preocupar com meu discursinho mimimizado, mimimínimo? Avesso à corrente, à correnteza, à modinha do momento, resta-me postar meus sentimentos e minhas angústias por aqui. Para externar e tentar aliviar um pouco a dor. O aperto.

O aperto.

O afunilamento aniquilento (aniquilante + lento): mais que mera questão/construção poética, implicassinalização de que algo anda -- mesmo fora dos trilhos. O que não é, de modo algum, bom sinal. Não basta que algo funcione, ainda que de modo mal. É, muito pelo contrário, necessário que funcione e produza efeitos que possam beneficiar o maior número de pessoas. O problema (ainda!) é: