MEDITAÇÃO

No ápice da reinação cerebral, ego errante...no substrato da razão, equivoco-me enigmaticamente no angustiante devaneio mental.

O momento presumido como presente é indefinido e “infinita-se”...sugerindo-nos que apenas o observemos.

Observemos então, como quem observa as nuvens, ou os pássaros que vem e que vão: sem nome, sem sexo e sem a aprisionante definição.

São eles, os pensamentos galopantes, sem lar e sem arreio, longínquos ou pouco distantes, receio: em disparada se vão.

Em vão tento contê-los nesse incessante galope e, como Quixote, uma espada certeira e afiada, lanço-a nesse moinho de vento que venta enganos e alguma incognição.

Lanço também a lança de Lancelot e num brado ao vento, grito:

- Touché! MEDITAÇÃO!

E na busca de compreender o que me dita a vida e nessa mesma busca de algo que permita a vazão, considerando também o “Graal” em que me encontro, redescubro meu centro encontrando-me no bálsamo do silêncio, vingando assim aquilo que “ME-DITA-A- AÇÃO”!!

8/8/2017 - Ricardo Brown – 18h

Ricardo Brown
Enviado por Ricardo Brown em 09/08/2017
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