E a cobra sempre morde o rabo.

Remôo, rumino paixão até não ter mais dela o que tirar. Faço isso feito ninguém com paixão que não quer se apaixonar: faço escorregar roupa, rasgo roupa, deixo - sem dó - paixão sem graça. Sofrer? Eu sofro. Também ela não sobra. Sobrar sobra: sobra ruída, ruminada, só o resto, só a sobra. Mas paixão das grandes é boa até no fim. Dá até vontade de ficar com os restos só pra mim.

Cristina Carneiro
Enviado por Cristina Carneiro em 18/10/2005
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