A Dona Morte

"Ela" sentou-se ao meu lado e perguntou: "bebe?". "Sim", respondi.

Sem copos, no gargalo mesmo, fui tomando do veneno que a morte chamava de dose e fui sentindo o rosto queimar e o corpo derreter.

Não senti sofrimento, apenas um contentamento, porque, pela primeira vez na vida, tive uma companhia tão agradável e desinteressada.

"Ela" não me levou, pois disse que só deve ir com ela quem já gozou a vida pelo menos uma vez; e eu ainda era virgem neste sentido.

Thina Freitas
Enviado por Thina Freitas em 25/08/2017
Reeditado em 25/08/2017
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