Sobre não se sentir contextualizada

Hoje eu precisei passar no mercado para comprar uns itens que estavam faltando em casa, e ir ao mercado não é necessariamente uma atividade prazerosa para mim, e desconfio que não gosto desse ambiente, assim como não gosto dos chás de bebês, casamentos, aniversários infantis e afins porque parece que as pessoas nesse ambiente são formatadas para pensar que a única forma de viver e ser feliz é casando ( casamento hétero), tendo filhos, netos e bisnetos. Então se o seu percurso não for esse, ficam te olhando com pena, ou com desdém ( E os dois pra mim são extremamente dispensáveis). Não é dizer que a minha vida é perfeita e que jamais quero casar ou ter filhos, mas é valorizar a jornada da vida e ter consciência e confiança de que os planos de Deus excedem as trivialidades, e isso é o que me faz feliz. De mais a mais, eu penso que todo mundo deveria valorizar as coisas que possuem, sendo solteiras, casadas, com filhos ou não, com cabelos cacheados, lisos ou crespos. Por exemplo eu sou solteira, então devo valorizar a minha liberdade de escolha ( Isso é maravilhoso, decido TUDO da minha vida sem precisar consultar ninguém se eu não quiser, posso fazer o que eu quero. ( É claro que já aprendi que as escolhas geram consequências, então essa é a minha única ponderação). Devo valorizar o fato de chegar em casa, e encontrar paz, silêncio, tranquilidade. Eu posso ficar horas na internet se eu quiser, eu posso assistir o filme que eu quiser, eu posso me aprofundar nos assuntos que me interessam, estudar, viajar, dedicar tempo aos amigos, familiares, e a quem eu quiser, além de outras infinitas possibilidades. Independente de como é o seu "status", eu tenho certeza que você pode valorizar o que a sua vida tem de bom, e se você já é muito feliz, ótimo! Mas saiba que a sua forma de felicidade não é a única. Respeitar a diversidade é respeitar à Deus, que a fez. A vida é uma oportunidade única, de múltiplas possibilidades e relativamente curta, então se você desperdiçar a sua vida "se preocupando" com a vida dos outros, você estará negligenciando a sua própria. Esse "se preocupando" não é a preocupação sadia, é aquela especulação maldosa que algumas pessoas fazem, porque quando a preocupação é verdadeira, com motivos reais é bem diferente, não diminuiu e nem prejudica. Então 'bora' respeitar a diversidade nas pessoas, e ter um olhar mais holístico da vida, para aproveitar ao máximo essa oportunidade tão sublime que é a vida.

Aliyah Carmelo
Enviado por Aliyah Carmelo em 03/09/2017
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