A constante tentativa

Minha boca treme na tentação de dizer algo. Enquanto minhas mãos se mexem e pedem por uma caneta, na esperança de realizar o movimento frenético e sem descanso da escrita cheia de erros e de grafia horrenda, embargada, porem, de sentimentos invisíveis que nunca virão a se tornar efêmeros.

O pensamento me amaldiçoa por minha ínfima capacidade de exprimir o que pulsa em meu sangue. Essa tentativa de expressar liberta e engrandece minha alma que por consequência deixa meus sonhos no anseio de se fundir com a realidade iludida por seu próprio ego, que possui a crença de que meus sonhos irão salva-la de si mesma. Meu espírito se contorce e me joga praga por não saber expressar sua beleza, sua revolta e seus pensamentos. Agora, eu levanto minhas mãos, pego a caneta e escrevo sem pensar e sem me preocupar deixando minhas meus dedos se movimentarem autonomamente. Para quando eu perceber o ponto final eu poder sorrir, balançar minha cabeça e sentir através de poucas letras que não importa ser bom o que é realmente relevante é ser você mesmo, pois, esse é o verdadeiro dom.

Mthew
Enviado por Mthew em 21/09/2017
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