Obediência Cristã - Um estudo para os dias de hoje

A OBEDIÊNCIA CRISTÃ

A obediência cristã, tema a ser abordado nesta obra nos fará questionar nosso modo de ser; obedecer é não vacilar, estar sempre em sintonia com o Senhor, manter-se em oração e atento ao chamado daquele que nos ama.

Paulo apóstolo é um grande exemplo de obediência, vamos começar esta obra com o texto:

São ministros de Cristo? Falo como louco: eu o sou muito mais. Muito mais pela fadiga; muito mais pelas prisões; infinitamente mais pelos açoites; frequentemente em perigo de morte; dos judeus recebi cinco vezes os quarenta golpes menos um. Fui flagelado três vezes; uma vez fui apedrejado; três vezes naufraguei; passei um dia e uma noite em alto mar. Fiz muitas viagens. Sofri perigos nos rios, perigos por parte dos ladrões, perigo por causa dos meus irmãos de raça, perigo por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigo por parte dos falsos irmãos.

II Coríntios cap. 11, vers. 23-26

Será que estamos dispostos a passar por perigos e sofrimentos por causa de Jesus Cristo? Ou, a nossa obediência se resume a cumprir os horários das celebrações, dar esmolas, participar de alguns grupos; não que não seja importante nossa participação nestas atividades, no entanto temos de estar prontos para ir além, em nome do amor ao próximo e a Deus.

Como vimos no início, Paulo se dirige aos Ministros que pregavam o evangelho. Queria com isto desanimá-los? É claro que não, ele só quer dizer que não adianta se esconder por trás de igrejas, altares, é preciso ir ao encontro do outro mesmo correndo qualquer forma de perigo.

Quero expor ao leitor uma tese inicial: nós obedecemos a quem amamos realmente; e esta prática é importante quando buscamos de todo coração um dia obedecer plenamente a Deus.

Vamos conhecer uma belíssima história bíblica que nos dará um melhor entendimento sobre o objeto de nosso estudo.

O profeta Jeremias é incitado pelo Senhor a ir de encontro à família dos Recabitas:

“Vai procurar a família dos Recabitas para falar com eles. Em seguida, tu os conduzirás a uma das salas do templo, onde lhes oferecerás vinho para beber”.

Coloquei diante deles um vaso cheio de vinho e taças, e lhes disse: Bebei este vinho!

Responderam eles, porém: Não bebemos vinho, pois que Jonadab, filho de Recab, e nosso avô, assim nos prescreveu: Jamais bebereis vinho, vós e vossos filhos.

Não construireis casas, não semeareis, não plantareis nem possuireis vinhas, mas habitareis sempre em tendas...

Jeremias cap. 35 vers. 2 e 5-6 e 7a

O Senhor manda os Recabitas tomarem vinho para testá-los, mas também para ensinar a Jeremias, e a nós hoje, a importância da obediência ao próximo que vemos para que quando o Senhor nos chamar, estejamos prontos a dizer sim.

Vemos que as ordens que eles seguiam há tanto tempo apesar de não ser a Deus diretamente o Senhor os abençoou, leia:

“São observadas as ordens de Jonadab, filho de Recab, que proibiu a seus filhos beberem vinho, abster-se de bebida, a fim de se conformarem com a ordem de seu pai. E a mim que não cesso de vos falar, não me escutais”.

A seguir disse Jeremias à família dos Recabitas: Eis o que diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Já que obedeceste à ordem de vosso pai Jonadab, e observaste tudo que vos prescreveu , promete-vos o Senhor dos exércitos, Deus de Israel, que a Jonadab, filho de Recab, não faltarão descen-dentes que se hão de conservar em minha presença.

Jeremias cap. 35 vers. 14 e 18

O Senhor mostra-nos o quanto é importante a obediência desde que seja a partir de valores cristãos.

Obedecer à esposa quando esta coloca regras que a agrade é sinal de amor, e praticar neste caso, de forma cristã é obediência que agrada ao Senhor e também nos prepara a dizer sim quando chamados. O mesmo vale em relação ao esposo, filhos, professores, pais, e daí por diante.

No trabalho, quando dedicados à nossa função, obedecer a cronogramas, estratégias, projetos, leis que a regem é um sinal de amor ao próximo e por consequência ao próprio Deus que nos quer participando da obra de suas mãos. Ao desobedecer a regras de segurança, por exemplo, pode-se facilitar a ocorrência de acidentes, ao se desobedecer a regras de trânsito, regras de higiene em hospitais, regras financeiras em bancos e daí por diante estaremos aumentando a probabilidade de passar por situações muito difíceis.

Observemos a partir destas reflexões que a obediência é um tesouro que devemos buscar com insistência porque Jesus nos redimiu não somente com a morte na cruz, mas também com a obediência que o levou até lá, Jesus veio refazer o caminho de volta ao Pai, o primeiro Adão pecou ao desobedecer ao Senhor junto com sua mulher, então Ele veio mostrar-nos quanto é bom servir ao Pai sem restrições mesmo que o levasse à morte.

Este tema é de difícil compreensão para o mundo de hoje, porque a ideologia social não cobra do ser humano a obediência ao Senhor, mas sim às regras, conceitos, modos de agir impostos por uma sociedade doente, que busca somente a futilidade, a fim de manter a cegueira espiritual tão favorável ao inimigo. Cegueira esta que Jesus combateu durante todo o seu ministério.

O ser humano é amado pelo Senhor devido à sua diversidade. Ama o sim que vem do coração e por vezes o não sincero, porque sabe que o filho está em processo de desenvolvimento, mas vejamos as promessas do Senhor a quem preza pela obediência, estas valem até hoje, logicamente temos de adaptar à nossa realidade, pois o texto foi escrito para um povo há quase três mil anos, pensemos em tudo em nossa vida, nosso trabalho, nossa família, os objetivos que colocamos em nossas vidas.

Estas são as bênçãos que virão sobre ti e te tocarão, se obedecerdes à voz do Senhor teu Deus; será bendito na cidade, e bendito nos campos, será bendito o fruto de tuas entranhas, o fruto de teu solo, o fruto de teu gado, as crias de tuas vacas e de tuas ovelhas, benditas serão as tuas cestas e atua amassadeira, serás bendito quando entrares e bendito quando saíres.

Deuteronômio cap. 28, vers. 2-6

A impressão que temos, é de que somos crianças a ser educadas pelo Senhor, e o somos, comparando-nos à sua eternidade, somos apenas um sopro, uma flor que desabrocha de manhã e a tarde já não existe, como querer discutir com Ele?

Mas, quem é você, homem, para discutir com Deus? Por aca o vaso de barro diz ao oleiro: “Por que você me fez assim”? Por acaso o leiro não é dono da argila, para fazer com a mesma massa dois vasos, um para uso nobre e outro para uso comum?

Romanos 9, v. 20-21

É claro que muitos dirão: Nada disso, e o meu livre arbítrio?

O livre arbítrio é fato, mas hoje temos uma enorme diferença em relação ao povo do antigo testamento, já estamos na era da graça, Jesus se fez o Caminho, a Verdade e a Vida, tudo que devíamos aprender já nos foi ensinado por Ele, está gravado nos evangelhos e demais livros da Bíblia, e isto limitam a nossa liberdade, pois hoje temos a Palavra perfeita, Nosso Senhor, o Cristo.

E, mais o Espírito Santo veio a nós- a quem Deus escolheu- e se somos seus filhos devemos agir como tal. Por que negar a Palavra do Senhor? Nós cristãos devemos ser luz para que enxerguem, vejam na Bíblia a força e sabedoria que está na obediência!

Jesus Cristo, desde sempre se dispôs a ser o Servo de Javé para a salvação do ser humano, devemos ter em mente que Deus é onipresente, ou seja, Ele vive o ontem, o hoje e o amanhã ao mesmo tempo. Ele já viu a segunda vinda de seu Filho, vê seus filhos com Ele na Nova Jerusalém para onde caminhamos, se alegrou com a destruição da morte, nossa última inimiga, conhece seus filhos, netos, bisnetos e dai por diante. Ter este entendimento nos faz compreender melhor os projetos do Senhor e o porquê de dar tanta importância à obediência. Ele mesmo deu o exemplo:

Eis por que, ao entrar no mundo Cristo diz:

Não quiseste sacrifício, nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então Eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a Tua vontade.

Hebreus, 10 v. 5-7

Este versículo é um diálogo entre Jesus e o Pai; se o analisarmos a fundo e ao mesmo tempo sua simplicidade verá quanto Ele nos ama.

....me formaste um corpo... É a encarnação do Filho, mas veja que em seguida Ele diz: Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam... Estranho, né?

Ele ofereceu-se à morte e morte de cruz. Não foi um sacrifício? É claro que sim! No entanto ao seguirmos adiante vemos: Então Eu disse: Eis que venho...para fazer a tua vontade. Mistério?

Sim! Vemos que a morte de Cristo está ligada ao fato de Ele ser obediente ao Pai. O mais importante: ”...para fazer a tua vontade”. A morte na cruz é uma consequência de sua obediência.

Certa vez me perguntaram: “Por que Jesus pregou somente por três anos e meio aproxima-damente”?

Respondi: Foi um grande milagre do Pai, mantê-Lo vivo durante tanto tempo, pois na primeira vez que Jesus pregou na sinagoga tentaram matá-Lo.

A essas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga. Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade, e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída sua cidade, e queriam precipitá-Lo dali abaixo. Ele, porém passou por entre eles e retirou-se.

Lucas 4, 28-30

Nós vemos que o evangelho está no início, capítulo quatro e Jesus em sua primeira pregação quase é jogado do precipício, não fosse a ação dos anjos que o protegeram, ao menos é o que nos parece no versículo.

Jesus veio para cumprir a lei de Moisés, pois àquele que conseguisse ser obediente à lei teria direito à vida, e sabemos que Ele as cumpriu, impossível para qualquer outro que o tentasse.

Eu Sou o Senhor vosso Deus. Observareis meus preceitos e minhas leis, pois o homem que o observar viverá por eles. Eu Sou o Senhor.

Levíticos 18, 4 b- 5

A obediência a Cristo nos envolve, pois sobre Ele assim foi escrito:

E o Senhor me disse:

Fizeram bem em falar assim. Suscitar-lhes-ei dentre seus irmãos um profeta como tu, e porei minhas palavras na sua boca, o qual lhes comunicará tudo o que Eu lhes ordenar. Aquele que não ouvir as minhas palavras que Ele dirá em meu nome, terá de prestar contas a mim.

Deut. 19, 17-19

Os versículos falam sobre a vinda do Messias, umas das mais diretas anunciações, vejamos que o tema é novamente a obediência “.... porei minhas Palavras em sua boca....” “Aquele que não ouvir...”

O Pai é direto, mostra ao povo que depois da vinda do Messias já não haverá desculpas, pois tudo seria dito, todas as dúvidas tiradas.

Está escrito nos profetas:

Todos serão ensinados por Deus. Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por Ele instruído vem a mim.

João 6, 45

Farei uns parênteses para desfazer uma dúvida entre cristãos que ouvem “histórias”, que na verdade são estórias veremos no versículo seguinte que Jesus não teve nenhum estudo especial por parte dos homens, e sim do próprio Pai.

Lá pelo meio da festa, Jesus subiu ao templo e pôs-se a ensinar. Os judeus se admiravam e diziam: Este homem não fez estudos. Donde lhe vem, pois este conhecimento das escrituras? Respondeu Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.

João 7, 14-15

Pelo texto vemos, no entanto, que os judeus conheciam a Jesus, e que Ele era um homem comum, filho de Maria e de José, simplesmente vivia entre o povo exercendo a mesma profissão do pai, carpinteiro.

E Jesus afirma que tudo que ensina vem do Pai, apesar da Trindade, cada uma das pessoas que a compõe agem de forma própria, Eles têm liberdade de ação, e neste caso Jesus queria obedecer totalmente o próprio Pai, por mais duras que fossem suas decisões.

Este mistério da Trindade toma uma forma que podemos melhor compreender no período em que Jesus fica no deserto e através do jejum anula totalmente a influência da carne sobre suas decisões, pois as que tomasse ali direcionariam toda a sua vida.

Apesar de viver na carne, Jesus quer mostrar que a vida espiritual é muito superior a esta, é uma preparação para nosso entendimento que vai ocorrer aos poucos durante a vida de Jesus de que o Reino por Ele implantado não é deste mundo.

Vimos também que só é possível fazer a opção de Cristo: Viver para o Pai, na presença do Espírito Santo, Jesus só foi para o deserto depois de recebê-Lo.

E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.

E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.

Lucas 4, 3-4

Jesus tirou esta resposta da própria Bíblia que está no livro de Deuteronômio:

E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.

E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.

Deuteronômio 8, 2-3

O milagre do maná é o simbolismo da Eucaristia, mistério pelo qual o Senhor dá o seu corpo e seu sangue por alimento à sua amada igreja para fortalecê-la em sua caminhada até que Ele volte, depois cearemos com Ele na Nova Jerusalém.

ORA, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.

E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

E todos comeram de uma mesma comida espiritual,

E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

1 Cor. 10, 1-4

A Bíblia está cheia de simbolismos que tinham o objetivo de se entender o Messias quando este viesse, tal a sua grandeza, mas os fariseus, sacerdotes, governos e muitos do povo não o reconheceram porque tinham criado em seu interior um “Messias particular”, só deles. Nós fazemos isto hoje, criamos um Deus que “nos serve” e quando este falha achamos que Ele não dá atenção aos nossos problemas. Os fariseus e demais o mataram, e nós?

O imediatismo pregado pelo demônio, propondo a Jesus transformar pedra em pão é a cara da sociedade atual. Não queremos lutar por nossos direitos e pela justiça, mas sim que ocorra em um passo de mágica. Jesus plantou a semente de mostarda, a menor conhecida, para dizer que tudo que Deus abençoa vai dar frutos, não precisa somente de material humano, depende totalmente da presença do Espírito Santo que faz seus filhos gerarem situações que permitam o crescimento do Reino de Deus.

Outra questão importante é que, se Jesus transformasse pedras em pães como lhe foi proposto, estaria Ele obedecendo ao demônio. Vemos então que, mesmo se for para salvar a própria vida não devemos ouvir a voz do inimigo. Sendo filhos de Deus é a Ele que devemos obedecer, e disso depende termos a vida eterna, pelo qual todos os cristãos devem lutar.

Na história da humanidade tivemos muitos mártires que deram sua vida terrena, mas ganharam a vida em espírito junto ao Pai, hoje, em muitos países ainda ocorre o martírio, fala-se em sessenta mil pessoas por ano.

Apesar de, o mundo pregar o contrário, a verdadeira alegria está com aqueles que servem ao Senhor, veja:

Mas ,isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, a fim de que sejais felizes.

Jeremias 7, 23

Ele não quer que o sirvamos para nossa tristeza, a opção pela vida cristã é uma opção pela alegria de estar na presença do Senhor.

Muitos criticam os cristãos por se referirem à Bíblia em diversas situações, mas vemos que foi o que Jesus, nosso grande Mestre fez, temos de mostrar ao mundo que a Palavra do Senhor tem sabedoria para todas as situações de nossas vidas particulares, sociais e políticas.

A presença Dele, em nossas vidas, basta para que tudo seja conforme a vontade do Senhor, não devemos temer:

E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.

E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: SENHOR, salva-nos! Que perecemos.

E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.

Mateus 8, 24-26

Estes versículos nos remetem às situações de nossas vidas pelas quais passamos, e achamos que não conseguiríamos sobreviver a ela. São as tempestades que aqui simbolizam: uma doença, o desemprego, o envolvimento com drogas, crimes, prostituição, sepa-ração de casal e tantos outros fatos que infelizmente fazem parte do quotidiano do povo brasileiro, e das quais os cristãos não estão isentos, a diferença é que Jesus está ali ao lado, só aguardando nosso chamado para agir.

São as nossas orações feitas com amor, nosso arrependimento, nossa demonstração de obediência a Ele que mostram que apesar de naquele momento o pecado o dominar, no íntimo busca por aquele a quem ama. O pecado já não faz seu efeito que é de separar-nos do Senhor, mas torna-se um instrumento de busca porque o cristão não aceita a situação em que se encontra e se fortalece, para junto com o Espírito Santo voltar ao Pai.

O Senhor quer que deixemos de ter medo e confiemos nEle.

Por muitas vezes permanecemos em um longo período de provações por não ouvirmos a voz de Deus, que pode chegar a nós através de pessoas que conosco se relacionam, tais como irmãos, pais, esposa ou namorada, filhos, pastor da igreja e todo líder religioso que coloca Deus em primeiro lugar em suas vidas, mas principalmente na leitura da Palavra diariamente, pois não entenderemos o que o Senhor fala pelo seu próximo se não a conhecermos. A leitura o leva à oração e esta o leva a ouvir a voz do Espírito Santo que está em nós.

Devemos tomar cuidado, com aquilo que pedimos ao Senhor em oração, por vezes são coisas que nos prejudicam e por não termos o conhecimento necessário achamos que não estamos sendo atendidos. Mas o Senhor em sua infinita sabedoria vai nos negar para nos proteger, por isso quando pedes algo e isto não lhe é dado analise diante da Palavra do Senhor se aquilo que desejas não é contrário ao projeto que Ele tem para sua vida.

Se insistires em algo e conseguir, cuida se não foi permissão do Senhor para passares por alguma provação, cuidado para que não te aprofundes em teus pecados mais e mais, o que poderá leva-lo a ter graves consequências.

Abrir-se ao Espírito Santo é a nossa parte, ademais deixe o Senhor agir. O Salmo 91 é rico em informações sobre a presença do Senhor em nossa vida, lembre-se que não é preciso passar por tempestades, basta confiar em Deus e Ele te mostrará como se desviar delas.

SALMO 91

A segurança daquele que se refugia em Deus.

AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

Estar na presença do Senhor todo o tempo, ou seja, não fazer a opção pelo pecado, nos faz descansar, como é bom deitar e dormir na certeza de estar servindo àquEle a quem amamos.

Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.

É isto que o Senhor espera de nós, confiar. Ele irá fazer ao teu redor uma fortaleza contra as forças que tentam derrubar os cristãos.

Porque ele te livrará do laço do passari-nheiro, e da peste perniciosa.

Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus designíos.

Rom 8,28

Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e couraça.

Não terás medo do terror de noite nem da flecha que voa de dia,

Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.

Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.

Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.

Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio; no Altíssimo fiz minha morada.

Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. (corpo)

Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.

Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.

Este salmo nos faz despertar de uma realidade que nos sufoca; deixamos de lado essa afinidade com o Senhor porque o mundo nos oferece distrações, não que devemos deixar de participar dele, mas ter consciência de que o principal é estar sob as asas do Senhor, e estejamos onde estejamos devemos ser um exemplo de vida e não dar maus testemunhos, não colocar em nossas vidas alicerces falsos tais como: roupas, gastos exagerados, celulares de altíssimo valor, enquanto que tantos irmãos estão passando necessidades básicas.

Se não demonstrarmos amor ao próximo que vemos, como dizer que amamos a Deus que não vemos? Este é o questionamento que devemos ter sempre em nossos corações.

E aconteceu que, indo eles pelo caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa;

E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.

Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe a servir só? Dize-lhe que me ajude.

E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;

E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.

Lucas 10, 38-42

Esta história nos mostra que o mais importante é estar na presença do Senhor, não que devamos só nos dedicar a ouvir sua Palavra, mas na hora que tirarmos para ouvi-Lo estejamos abertos a aprender, pois nEle está toda a sabedoria que precisamos para levar uma vida cristã.

O grande problema está no fato de que muitas vezes o inimigo nos cega, de forma que não compreendamos que estamos em pecado, só vamos reconhecer nossa real situação de pecador a partir do conhecimento da Palavra.

Vejamos esta situação a partir dos versículos seguintes:

E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa, mas dize somente uma palavra, e o meu criado ficará curado.

Pois também eu sou homem subalterno, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.

E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.

Mateus 8, 8-9

Observe que o centurião (guarda que tem sob suas ordens cem soldados) diz: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa,” conclui-se que ele já tinha ouvido vários de seus sermões ou que alguém tinha lhe passado o conteúdo, mas mesmo assim insistia na vida de pecado, pois não se achava digno diante das mensagens de Jesus. O Centurião percebe que sua vida não estava de acordo com as palavras de Cristo; Ele viu sinceridade em seu coração e por isso curou seu servo. Além disto, o Centurião dá uma demonstração da divindade de Cristo quando crê que a palavra Dele será uma ordem a ser cumprida.

Outro texto que enriquece a ideia da impor-tância da obediência para o crescimento humano é:

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Canaã da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus.

E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.

E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.

Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.

Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.

E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,

E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já beberam bastante servem então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

João 2, 1-10

A insistência de Maria fez com que Jesus realizasse este milagre, foi um pedido da própria mãe e o mandamento para honrá-la era seguido pelos judeus e ainda hoje é um dos grandes mandamentos, pois vem acompanhado de uma promessa:

Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem à terra que te dá o SENHOR teu Deus.

Deuteronômio 5, 16

O amor à sua mãe levou Jesus a realizar seu desejo, esta “fraqueza” do Senhor aparece em muitas passagens da Bíblia e envolvem grandes personagens, tal como: Abraão, Moisés, Davi, Daniel, Ezequiel e tantos outros. E vai ocorrer muitas vezes em sua breve passagem entre nós, Jesus se compadece de seu rebanho que são como ovelhas sem Pastor.

Este mesmo amor está escrito em nosso coração, já não temos mais um coração de pedra.

Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.

Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;

Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;

Romanos 2, 13-15

A Lei do amor é a maior, e esta pode ser vivida naturalmente ao agirmos de acordo com nosso coração, mesmo sem conhecer os mandamentos os vivemos, porque para o ser humano eles são à base da convivência social. Percebe-se claramente que ao vivê-los a sociedade caminha em paz, ao desobedecê-los é instaurada a divisão, os desentendimentos, discórdias e tantos outros aspectos negativos que assistimos nas telas das TVs e lemos em jornais.

Para nós cristãos, a lei do amor deve surtir um efeito ainda maior, pois a praticamos por amor a Deus que está presente no próximo. Conhecedores que somos de seus efeitos e junto com o Espírito do Senhor pregamos a boa nova a todos: Deus é amor!

Temos ainda uma força maior para a prática do amor que é o conhecimento de Deus, será que Davi enfrentaria Golias, os três jovens se deixariam lançar na fornalha acesa, os cristãos se submeteriam a ser jogado nas covas dos leões, você amaria sua família, faria seu trabalho com dignidade, estudaríamos a Palavra do Senhor se não o amassemos e não vivêssemos o amor.

Vamos compreender melhor esta verdade:

O Rei Nabucodonosor constrói uma estátua de ouro e obriga todos a se prostrarem diante dela.

E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente.

Os três jovens não o fazem por respeito ao Senhor que proíbe tal ação.

Há uns homens judeus, os quais constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste.

E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?

Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.

Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; mas mesmo que isso não aconteça fica sabendo ó rei que não vamos prestar culto ao seu deus, nem vamos adorar a estátua de ouro construída por tí ó rei.

Respondendo assim, foram então jogados na fornalha.

Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei.

Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.

Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.

Veja que ele diz: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; mas mesmo que isso não aconteça...” Vejam que eles não cobram de Deus o milagre que foi realizado, estavam, portanto prontos para morrer por amor ao Senhor.

Quanto mais conhecemos o Pai, mais nos sentimos livres para encontrá-lo e se preciso através do martírio.

Observe ainda que o próprio Senhor estava com eles na hora da provação, caminhava com eles, assim é o nosso Deus, mesmo quando estamos em situações adversas Ele nunca nos deixa.

Em nosso século, o martírio parece ter ficado no passado, no entanto devemos nos inspirar naqueles que chegaram a isto e tentar entender o por quê?

E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá),

E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva.

As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos com vida.

Então o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, deixando os meninos com vida?

Êxodo 1, 15-18

Da obediência das parteiras a Deus, que poderia tê-las levado à morte por desobediência ao rei deu-se a salvação da vida de Moisés, que teria morto ao nascer; um dos mais importantes personagens da Bíblia.

Para a sociedade atual, podemos reportar ao complexo problema do aborto. Assim como o rei mandou matar os meninos, hoje quem manda são as ideias lançadas pela mídia, o namorado, o pai ou a mãe, amigas, são todos representação do rei atual. Podemos estar tirando a vida de grandes personagens, o que, aliás, todos são, se não existíssemos o mundo seria diferente, nós fazemos a história, se és médico quantos clientes deixariam de ser atendidos, se é professor, quantos alunos deixariam de aprender, se é filho, o que seria de sua mãe se não o tivesse.

Os cristãos sabem que somente o Senhor tem o direito de dar e tirar a vida, não nos importa o que a sociedade diz, importa o que o Pai nos fala.

Será que, se Moisés tivesse sido morto Deus teria de imediato levantado outro, ou a história seria diferente? O Senhor vai sempre intervir ou vai levar em conta a “liberdade” do ser humano?

Como saber, se não tiramos a vida de grandes personagens por ação do maligno, pois ao optarmos pelo pecado permitimos que o mal assuma o poder sobre nossa vida.

O próprio Jesus confirma este poder sobre a vida, referindo-se a si mesmo:

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.

Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

João 10, 17-18

Algumas poderão dizer: Se não o abortar, este trará problemas enormes, não valeria a pena, mas ouçamos o que diz o Senhor, não há desculpas para cometer tal ato contra a vida.

Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.

Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.

1 Cor 10, 12-13

Portanto se Deus a abençoou com o maior de todos os bens, que é a vida, confie em sua Palavra, mantenha-se em oração e enfrente as dificuldades; haja com amor e o Senhor responderá com bênçãos.

Outro exemplo de enfrentamento do poder vemos nos versículos:

Responderam-lhe Pedro e João: Julgai-o vós mesmos se é justo diante de Deus obedecermos a vós mais do que a Deus.

Atos 4, 19

Pedro e João falavam para o Sinédrio, reunião dos maiores entre os judeus, e hoje temos de falar do mesmo modo quando querem colocar em nossas famílias ideais totalmente contrários à nossa fé, seja através do próprio governo que aprova leis que massacram o povo, seja por ideias lançadas por telenovelas, séries e filmes por exemplo.

Quando o Senhor quer que algo aconteça, Ele faz com que seja concluído, independente dos obstáculos que colocam à sua frente, vamos ver caso inusitado que nos leva a essa compreensão:

E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:

Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença.

Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. (Que fica no lado oposto a Nínive)

Vemos que Jonas foi totalmente desobe-diente às ordens do Senhor, dizem os historiadores que fez isso por motivos pessoais, quantas vezes não passamos por situações semelhantes, não querendo o bem de quem fez um dia o mal contra nós. Mas se temos de orar, rezar por todos é assim que devemos agir, aliás, Jesus foi bem claro: “orai pelos seus inimigos”.

Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó SENHOR meu Deus.

Quando desfalecia em mim a minha alma, lembrei-me do SENHOR; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.

Esta oração Jonas fez no ventre da baleia, Deus a ouviu e o tirou de lá.

Jonas viu que o seu pecado tinha o levado a um caminho sem volta, orou ao Senhor que o socorreu.

Depois foi a Nínive, e aí pregou que o Senhor iria destruir a cidade, eles por temor a Deus fizeram jejum e vestiram-se de saco como era o costume para aplacar a ira do Senhor.

E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.

Jonas, ainda teimoso em não aceitar o perdão do Senhor reclama:

E orou ao SENHOR, e disse: Ah! SENHOR! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânime e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.

Esta é outra situação social de hoje, quantas vezes não fazemos como Jonas, não aceitando a perdão de Deus em relação a pessoas que demonstraram arrependimento, muitas vezes pagando por seus erros de acordo com as regras sociais que por muitas vezes leva o pecador à prisão por exemplo.

Temos de reaprender a amar, a sociedade atual esqueceu-se desta máxima cristã, pois é sempre bom lembrarmos, com o mesmo julgamento que julgarmos seremos julgado.

De que adianta o trabalho de tantos cristãos para levar o povo ao arrependimento se estes vão ser discriminados para sempre, ou por um longo tempo, que prejudica sua reintegração à igreja.

Quantos não desistem pela falta de apoio e voltam a cometer os mesmos erros.

E disse o SENHOR: Tiveste tu compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu;

Jonas questionou o Senhor em relação à morte da aboboreira que fazia sombra sobre ele e não aceitava que Deus poupasse a cidade.

E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?

Jonas 1-3

O Senhor viu os corações do povo de Nínive e os achou sem discernimento, ou seja, não sabiam o que faziam, eram dirigidos por um governo sem escrúpulos, por isso agiu.

Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

Mateus 9, 13

Se o Senhor lhe deu a benção de viver uma vida santa, é para Ele que vives, mas vejamos as Palavras do Senhor: ”Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”, portanto uma das grandes missões cristãs é ir ao encontro dos pecadores, onde estiverem; e não tão somente ficar se reunindo com outros santos para agradecer a Deus às bênçãos recebidas.

Há muitas ações inspiradas pelo Senhor nas diversas doutrinas. Pastoral da saúde ou visita aos doentes, que tem a missão de visitar os doentes em casa ou hospitais para lhes levar a unção com óleo e a Palavra além da Santa Ceia e do perdão. Temos a Pastoral carcerária, ou visita aos presos que tem a finalidade de levar conforto espiritual, o perdão, a Santa Ceia e ajuda-los a sair de lá com o coração voltado para o Senhor e aos quais a comunidade deve acolher, para que tenham a chance de uma nova vida. Temos a Pastoral da Juventude que ajuda os jovens a ter uma consciência cristã além de prepara-los para a vida adulta na presença do Senhor.

Vamos aprofundar este assunto utilizando a parábola do trigo e do joio:

E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?

E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?

Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.

Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

Mateus 13, 26-30

Estes versículos nos mostram a vontade do Senhor em relação aos maus, arrancar o joio quer dizer exterminar, tirar a vida, veja que Deus não permite. Não nos é permitido optar pela vida ou morte de qualquer ser humano, é o próprio Senhor que fará o juízo, no dia da morte terrena e no juízo final quando o Senhor separará o joio do trigo. Para melhor compreensão: O joio e o trigo são duas plantas com semelhança total até a colheita, quando o trigo produz sementes e por isso fazem pesar a espiga provocando uma inclinação que simboliza a adoração a Deus e sinal de humildade. O joio permanece de pé, sustentando sobre si mesmo.

Sabe-se que é difícil aceitar esta verdade já que vai a desencontro com o que prega a sociedade: matar, revidar, espancar, lançar fora, enquanto o Senhor diz: Dar a todos a vida eterna, dar a outra face, tratar o outro como queremos ser tratados e acolher o indigente.

Vejamos a situação seguinte para nos conscientizar dos perigos em não aceitar a Palavra do Senhor:

Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

A lembrança da morte refere-se a nos lembrar de que ao morrermos em Cristo (Sendo batizados) temos uma vida nova.

Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.

Se comemos e bebemos a Ceia do Senhor vivendo o homem velho, o homem do pecado, estamos negando a nossa filiação, e como participar se assim agimos?

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.

O exame de consciência nos livra do pecado, desde que arrependidos e fazendo o propósito de permanecer na presença de Deus.

Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.

Palavras duríssimas, quantos doentes não há no mundo por permanecermos no pecado, atacamos o nosso corpo, que, aliás, já não nos pertence, foi comprado pelo sangue de Cristo; utilizando produtos tóxicos tais como o cigarro, drogas em geral, exagero em alimentações, excesso de cuidado com o corpo tornando-o uma escultura ao puro prazer e ai por diante.

Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.

Julgar a si mesmo é reconhecer-se pecador e por isso ser misericordioso com o outro que também é.

Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.

1 Cor 11, 26-32

São palavras que buscam leva-lo à consciência nos dias de hoje, em especial aos cristãos que vão aos cultos, missas, celebrações e partilham o pão e o vinho e ao mesmo tempo permanecem em uma vida enraizada no pecado.

A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto a caridade é o pleno cumprimento da lei.

Romanos 13,10

Eis um versículo que nos questiona, porque achamos que somos superiores aos demais:

Acolhei aquele que é fraco na fé com bon-dade, sem discutir as suas opiniões.

Romanos 14, 1

Devemos viver o amor sem julgar, é o Espírito do Senhor que irá aos poucos mudar o coração daqueles a quem chega a Palavra.

Deus age naqueles que lhe aprouver, é Ele quem escolhe, não somos nós, então não adianta insistir, não queira fazer o trabalho do Espírito do Senhor, por vezes ele escolhe pessoas a quem não daríamos a menor atenção.

Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;

E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;

Para que nenhuma carne se glorie perante Ele.

1 Cor. 1, 27-29

Quantas histórias conhecemos de pessoas que se converteram e hoje são referência nas igrejas, pouco a pouco o Reino de Deus vai sendo implantado, de coração em coração, de lar em lar a semente de mostarda vai se transformando em um belíssimo arbusto.

Poderíamos citar muitos outros exemplos, mas vamos rever a história de Paulo à luz de nosso estudo.

O apóstolo Paulo era um grande perseguidor da igreja no primeiro século, e fazia isto pensando agradar a Deus até que Jesus mostra-lhe outra realidade, sabemos que ao ver de perto o martírio de Estevão, Paulo passou a questionar-se sobre o homem Jesus, Deus viu seu coração e foi pessoalmente ao seu encontro:

E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.

E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?

E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.

E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.

Atos 9, 3-6

E, por temor à voz que ouvia, neste instante ele assume que precisa se converter, conversão que durará por toda sua vida como ele mesmo falará em suas cartas.

“Que queres que eu faça?” Pergunta ao Senhor, e dai por diante Ele obedeceu a Jesus fielmente, sabemos que sua história é rica em sabedoria, porque estava sempre na presença do Senhor.

Outra observação é a de que Jesus se coloca no lugar da igreja: “porque me persegues”, e bem sabemos que Paulo perseguia a igreja.

Somos um só corpo em Cristo Jesus, todos fazemos parte daquele que nos trouxe a salvação, o entendimento desta unidade está nas parábolas que citam a noiva de Cristo, que é a igreja, e quando o casal se une forma um só corpo.

Jesus vai demonstrar sua grandeza por ter se feito Servo do Senhor:

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberana- mente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;

Filipenses 2, 5-9

Como não amar àquEle que demonstra tanto amor por nós? No entanto ao analisarmos quão difícil é ser obediente em sua plenitude (Só o Cristo conseguiu), Ele nos ensina que temos de almejar a obediência, pois através dela nos entregamos totalmente nas mãos do Senhor.

Quando se está em uma grande competição e damos o melhor de nós, não demonstrando fraqueza ou falta de preparo, mesmo se não formos vencedores, o seremos diante daquele que nos treinou, pois fizemos o melhor que pudemos, é assim que o Senhor olha para nós, ama cada tentativa, desde que feita com o coração voltado para fazer a sua vontade.

Jesus veio a nós para refazer o caminho de volta ao paraíso, agora a Nova Jerusalém, e para isto Ele mesmo se fez o Caminho Santo, é o novo Adão que obedeceu ao Senhor até o fim.

Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E, uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Hebreus 5, 8-9

Em um de seus discursos Ele foi muito claro:

Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquEle que me enviou.

Lucas 10, 16

Muitos leem os evangelhos e demais livros da Bíblia e dizem: Algumas coisas são verdadeira, outras, são impossíveis, cumpro as que me fazem bem, às outras desprezo, colocaram ali para nos dominar, acrescentam.

Vou dar um exemplo didático a fim de fazê-lo entender a importância de conhecer melhor a Palavra a fim de concluir que ela toda é a Verdade pregada por Cristo.

Vejamos:Temos o automóvel, que em si mesmo é importante para locomoção, conforto, lazer, e tantas outras utilidades.

A Palavra do Senhor tem seus objetivos e importâncias:

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para argumentar, para corrigir, para instruir em justiça;

Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

2 Timóteo 3,14-17

Um e outro devem ser utilizados de acordo com suas características, se, por exemplo, utilizarmos o automóvel sem levar em conta suas necessidades terão sérios problemas.

Para fins didáticos comparemos a gasolina do automóvel à oração; sem gasolina o carro não anda, sem oração nosso relacionamento com o Senhor se desgasta; assim somos nós, temos dons, deveres cristãos, sem a prática pode-se dizer que é como ter um automóvel e nunca utilizá-lo.

O automóvel tem regras, nós temos os mandamentos e as orientações bíblicas. Se pisarmos no freio o automóvel vai frear, nós, às vezes também temos de frear diante de certas situações que poderá nos causar problemas, temos de nos esforçar a parar quando preciso. Se chover, ligamos o para-brisa, ou seja, se tivermos dúvidas e nossos olhos ficarem embaraçados recorremos à Palavra do Senhor que nos dá clareza e direcionamento. Se não ligamos o para-brisa possivelmente sofreremos um acidente, assim é com a Palavra do Senhor, devemos refletir, estudar, para que não ocorra de cairmos em provação.

Têm-se uma vida por demais agitada e não cuidamos de nosso espírito, é como andar com o auto e nunca verificar os pneus, uma hora por falta de atenção aos problemas que vamos acumulando derrapamos em algum lugar do caminho.

Caro leitor, assim como o automóvel tem de ser levado a sério para então se evitar contratempos, decepções, angústias, desastres e até mesmo a morte, a Palavra do Senhor também, e neste caso podemos falar não só na morte carnal, mas também na espiritual.

Concluímos então que se experimentarmos a viver a Palavra do Senhor não teremos como conhecer o seu efeito.

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;

E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;

Mateus 7, 24-26

Não podemos deixar de querer o Senhor a governar nossas vidas, nos versículos seguintes veremos que Deus aceita realizar nossos desejos mesmo quando vai contra seus projetos, mas Ele sabe que passaremos por grandes provações.

E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.

Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR.

E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles.

Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti.

Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles.

1 Samuel 8, 6-9

Nós sabemos que depois de eleger o rei que o povo pedia tivemos um período da história do povo hebreu de muitas dificuldades, mas Deus em sua sabedoria soube explorar os fatos para nos ensinar, é uma das partes mais lindas da Bíblia no antigo testamento.

Veremos a seguir a grande luta do homem em relação à obediência e a não obediência de grandes personagens.

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?

Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Gênesis 3, 11-13

A História do paraíso encanta crianças, adultos e todos que a ouvem, vamos ver o que estes versículos nos dizem.

O Senhor questiona o casal do Éden: “quem te revelou que estavas nu...” Nossos pais até então não conheciam o efeito do pecado, tinham uma vida santa cujos valores eram bem diferentes dos nossos, no entanto o mal penetrou em seus corações e o efeito foi imediato, Adão culpa a mulher que Deus colocou ao seu lado, já usa de artimanha com o Senhor na primeira frase, assim somos nós até hoje, não assumimos muitos de nossos erros, encobrimos, disfarçamos, negamos com toda força e quando não aguentamos a pressão culpamos a outro.

Adão vai mais longe, diz que deu ouvido à mulher sabendo que era a Deus que deveria ouvir e Ele tinha dado ordens explícitas: “daquele fruto não comerás.”.

Quantas vezes fazemos isto, ouvir a outros ao invés da Palavra de Deus e ainda coloca como desculpa o amor pela companheira: ela me deu...sabemos no entanto que o amor verdadeiro não mente, não engana, vejamos:

AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo su-porta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

1 Cor 13, 1-8

Em seguida a mulher culpa a serpente, não vemos no diálogo o pedido de perdão, eles já estavam contaminados, a gravidade da desobediência está no fato de eles conhecerem bem a situação, Adão aprendia diretamente com Deus a muitos e muitos anos, não se sabe quantos, mas desobedeceu por amor à outra criatura, sua companheira, colocando-a acima do Senhor, é o primeiro caso de idolatria.

Quando o pecado se disseminou e o peso dele fazia sofrer o seu povo que iria resgatar, fez a promessa ali no momento dos primeiros fatos e cumpriria, diminuiu o tempo de sobrevivência do ser humano, até hoje pouquíssimos ultrapassaram os 120 anos deter-minados então.

O Senhor então disse: Meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos.

Gênesis 6,3

A ciência até hoje não tem explicação do porque de o ser humano envelhecer, há estudos atuais que prometem uma vida mais plena e longa, talvez Deus permita, veremos nos anos seguintes.

E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.

Apocalipse 9,6

Estas palavras devem deixar os cristãos em alerta, se Deus permitir a longanimidade do homem pode ser por insistência, o homem usando da sabedoria a ele dada para fins que vão contra a sua Palavra.

Deus nos fez viver por menos tempo devido ao pecado, mas não como castigo, e sim por amor, pois o pecado nos faz sofrer, imagine alguém que é alcóolatra manter este vício por setecentos anos, ou se ficar doente e demorar quatrocentos anos para morrer, são exageros, no entanto creio que a mensagem esta dada.

Outra observação que quero destacar é: “todo ele é carne”...Deus olha para o ser humano e já não enxerga a imagem e semelhança Dele como foi ao criá-lo .

Sabemos, no entanto que o Senhor nunca desistiria, ia nos mandar profetas e por fim seu próprio Filho

Deus vai participar de nossa história até o juízo final quando todos os seus filhos tomarão posse do Reino preparado desde o início e onde já deveríamos estar morando não fosse o pecado.

Todos eles serão abençoados a partir da obediência, Deus vai nos ensinando que o bem maior é o amor e que a obediência é o caminho mais seguro.

Neste caminho vamos rever sob esta óptica a história de Abraão. Ele foi o primeiro a ser chamado amigo de Deus, uma honra até então não existente, depois se estendeu aos seus discípulos e hoje a todo cristão que busca realmente a Deus.

Abrão (antes não tinha o segundo a, depois Abraão) vivia numa cidade pagã e pagãos eram todos os seus familiares, o Senhor mandou que ele deixasse tudo para trás e fosse a um lugar que Deus mostraria.

ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 12,1-3

É o início da formação do povo de Deus, Ele separa para si a fim de reconduzi-lo, caminho longo que fazemos até o presente, hoje com a presença do Espírito Santo à frente da igreja e com Jesus presente em nossas vidas para levar ao Pai aqueles que lhe pertencem (o trigo).

Deus mostra sua indignação com quem não dá valor a vida que lhes dera, tratando o próprio corpo com desdém e não valorizando a vida do outro, temos dai o episódio da destruição de Sodoma e Gomorra além de outras circunvizinhas. Antes, no entanto, o Senhor anuncia a Abraão o que fará, o que vou citar é o diálogo entre os dois, um riquíssimo texto que mostra, apesar do que ocorreu, o amor de Deus pelo ser humano, Ele não consegue ver o povo entregue ao pecado.

E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio?

Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela?

Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?

Então disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles.

Segue o diálogo com o mesmo teor, vamos agora para o desfecho que mais nos importa, ao menos para o estudo que fazemos, mas desde o início é claro que Deus já conhece a realidade daquelas cidades.

E disse: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor: Se porventura se acharem ali vinte? E disse: Não a destruirei por amor dos vinte.

Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez.

E retirou-se o SENHOR, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou-se ao seu lugar.

Gênesis 18 23-26 e 31-33

Vamos analisar os versículos parte a parte, Abraão questionava ao Senhor que, se houvesse uma quantidade de justos na cidade, como poderia Ele, sendo justo, eliminá-los com os demais. Mas o Senhor que conhece todos os corações já sabia que dali só retiraria a família de Ló e por amizade a Abraão. Esse questionamento nos remete às parábolas de Jesus: O grão de mostarda, o fermento, a semente, se houvessem corações propícios a viver a Palavra certamente seriam salvos, mas não havia.

Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo;

Como filhos obedientes, não vos confor-mando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;

Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;

Porquanto está escrito: Sejam santos, porque eu sou santo.

1 Pedro 1, 13-16

Mas a cidade tinha feito a opção pelo pecado. Devemos questionar a situação de nossa comunidade hoje, a não aceitação de ocasiões de pecado deve ser um dos objetivos de nossa igreja, deixar acontecer sem intervir, ao menos através de oração, como podemos chamar este diálogo entre Abraão e o Senhor. Depois de orarmos a favor do ímpio, e se não for possível intervir, o Senhor levantará alguém que o faça.

Vamos ver um exemplo atual:

Todos nós sabemos que há corrupção no governo, é fato, nós não conseguimos fazer com que pare, pois eles são muito poderosos, mas nos indignamos, Deus ouviu nossas orações e os envolvidos deram brecha para a ação da Policia Federal que agora os está levando ao juiz. Esta é a visão cristã dos acontecimentos atuais.

Deus vai desamparar os corruptos, é claro que não, na prisão eles terão a chance de entender seu erro e se converterem, Ele estará lá na presença de igrejas que os visitam, da leitura da Bíblia e de cristãos que já se converteram.

Outro exemplo, que ainda está longe de ser resolvido, e pela qual devemos orar muito, é a questão do descaso do governo com as obras públicas, pagamos impostos e não temos nossos direitos assegurados.

Quantas enchentes podiam ser evitadas, quantos desmoronamentos, mortes em lugares que deveriam ser seguros, e tudo por falta de ação do governo muitas das vezes, outras por culpado morador que insiste em ficar em lugares que não deveriam, mas neste caso para onde ir?

Estes sinais são claros para nós cristãos, é o Senhor agindo e mostrando que a sociedade está estabelecida sobre o pecado e que devemos orar para que esta situação seja resolvida, mas entendemos que o Senhor age em conjunto a nossas ações, Ele quer que participemos para que aprendamos a lutar pela justiça.

Uma parte da história de Abraão, que mostra esta situação, em que o Governo sofre e o povo também, mantendo uma situação de pecado, vemos no período em que Abraão ao passar em um reinado finge ser irmão da própria esposa, pois esta era muito bonita e poderiam mata-lo por causa dela, ou seja, optou pela mentira por não confiar em Deus, no entanto o Senhor usa deste fato para nos ensinar, o rei recebe uma mensagem em sonho:

E partiu Abraão dali para a terra do sul, e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou em Gerar.

E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara.

Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite, e disse-lhe: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido.

Mas Abimeleque ainda não se tinha chegado a ela; por isso disse: Senhor matarás também uma nação justa?

Não me disse ele mesmo: É minha irmã? E ela também disse: É meu irmão. Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos tenho feito isto.

E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la.

Este versículo em especial é riquíssimo em mensagem, Deus conhecendo-o como um rei justo protege-o do pecado, mas como seria um pecado se Abraão tinha mentido para ele? Conclui-se que o peso de você ser rei, neste caso, pode levar o povo a agir com temor a ele; por isso o mais importante é sempre obedecer ao Senhor e neste caso Abraão não mentiria. Não é somente o pecado, mas também a situação que o gera deve ser desfeita.

Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas; porém se não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu.

O Senhor dá ao rei a opção de viver e este o ouve, Deus o sabia, o contrário ocorreu em Sodoma que Ele sabia: nada adiantaria fazer para convertê-los, a opção pelo pecado era de todo o povo.

Levantou-se Abimeleque pela manhã de madrugada, chamou a todos os seus servos, e falaram todas estas palavras em seus ouvidos; e temeram muito aqueles homens.

O rei acabara de acordar e já foi resolver o assunto, assim devemos agir, Deus nos fala e agimos, não deixe perpetuar uma situação que deve ser mudada, principalmente quando depende de você exclusivamente, como é o caso deste rei.

Então chamou Abimeleque a Abraão e disse-lhe: Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres sobre o meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste aquilo que não deverias ter feito.

Abraão é repreendido, e aqui podemos dizer que é Deus o inspirando, imagine hoje uma situação desta, onde a sociedade não só permite, mas incentiva o pecado de todas as formas que todos conhecem, se por uma mulher Deus poderia colocar um reinado em perigo, hoje são milhões que vivem na desobediência à Palavra do Senhor, por isso as sociedades sofrem tanto.

O rei mandou Abraão ir embora com sua mulher e então ele orou pelo rei e as mulheres voltaram a ter filhos, pois o Senhor as tinha tornado estéreis.

Vemos aqui a importância da oração de um justo, um amigo de Deus, ou filhos de Deus, como é nosso caso hoje. Orar pelo irmão é uma ação cristã de grande importância, faça-o, ela tem muito valor.

Outro personagem que se destacou e nos ensina sobre a obediência foi Moisés.

Deus o escolheu para tirar seu povo do Egito, mas a relação entre os dois era de tensão permanente, Moisés era muito teimoso.

Moisés disse a Deus: Quem sou eu para ir ter com o Faraó e tirar do Egito os Israelitas?

Eu estarei contigo- respondeu Deus

Êxodo 3, 11-12 a

Deus fala com ele e o faz perceber que não seria por força dele, mas, pela presença de Deus.

Muitas vezes vemos coisas grandiosas a serem feitas e tememos, grande parte finge que não é com ele, outros mesmo sabendo que é porque o envolve diretamente diz não ao Senhor dizendo não ao próximo. Podemos citar o caso do mosquito da dengue, que, se todos os cristãos se organizassem teriam feito a sociedade sofrer menos do que vimos na realidade, outro caso é a disseminação do uso de drogas que muitos fecham os olhos dizendo para si: eles precisam experimentar e decidir o que querem da vida. Mal sabem que a maioria vai entrar em um caminho do qual poucos voltam e que tantas famílias são destruídas.

Veremos a seguir o segundo desafio de Moisés frente ao chamado do Senhor:

E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?

Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar.

Ele, porém, disse: Ah, meu Senhor! Envia pela mão daquele a quem tu hás de enviar.

Então se acendeu a ira do SENHOR contra Moisés, e disse: Não é Arão, o levita, teu irmão? Eu sei que ele falará muito bem; e eis que ele também sai ao teu encontro; e, vendo-te, se alegrará em seu coração.

E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele, ensinando-vos o que haveis de fazer.

Êxodo 4, 11-15

Moisés tenta cair fora, ele é gago, pastor de ovelhas há muitos anos. Deus se irrita.

Manda outro, diz.

Temos aqui um impasse que vale a pena refletir, Moisés tinha o livre arbítrio, hoje como já vimos em outras obras ele foi reduzido porque Jesus nos mostrou a verdade, mas ainda o temos, então porque Deus insistiu com ele?

Pense antes de ler o texto abaixo!

Sei que você pode ter chegado à mesma conclusão, então vamos lá:

O Senhor nos conhece muito melhor do que nós mesmos. Simples assim. Portanto se Ele colocar à sua frente uma missão é porque sabe que vencerás, não há lugar em que Ele não haja.

Deus sabia que Moisés se converteria aos poucos, vou citar um exemplo muito mal utilizado por igrejas interesseiras:

E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.

Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.

E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;

Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.

Marcos 12, 41-44

A pobre viúva colocou tudo que possuía na arca do tesouro onde o povo fazia suas ofertas. E qual a mensagem?

Ela, não tendo o amparo da sociedade que por lei deveria dar a ela condições de sustento quer demonstrar ali que sua confiança estava somente no Senhor.

Nós não podemos nos sentir seguros somente por forças próprias: tenho um bom emprego, bons filhos, saúde, educação. Tudo isso é importante, mas apesar de tudo temos de confiar em Deus, não deixar de orar e de se dedicar a igreja a que pertence.

Outra vez Moisés cai em erro e desta vez com efeitos drásticos: ele não entraria na terra prometida, Josué assumiria esta missão depois que ele morresse. Qual foi o grande pecado de um dos mais importantes homens da Bíblia?

E o SENHOR falou a Moisés dizendo:

Toma a vara, e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha, perante os seus olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber à congregação e aos seus animais.

Então Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado.

E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?

Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus animais.

E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado.

Números 20, 7-12

A ordem do Senhor é muito clara: “Ordenarás ao Rochedo”, mas a prepotência de Moisés levou-o a agir de outra forma, este foi o motivo que levou Moisés a não entrar na Terra Prometida.

E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?

Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus animais.

E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado.

Números 20, 10-12

Moisés foi prepotente, feriu o Rochedo ao invés de ordenar a ele, pois o Rochedo é o símbolo de Cristo presente em nossa caminhada, Ele é o Alfa e o Ômega, o Início e Fim, sempre esteve e sempre estará conosco.

Mesmo assim Deus em sua misericórdia fez brotar água que saciou a sede do povo durante todos os anos que seguiram pelo deserto.

Moisés ao bater na Rocha com a vara quis pegar para si a glória que é de Deus, tudo que fazemos é para o Senhor.

E todos comeram de uma mesma comida espiritual,

E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

1 Cor. 10,3-4

Estes simbolismos estão em todo o antigo testamento, temos o maná que símbolo da Santa Ceia, temos a passagem pelo mar vermelho que é símbolo do Batismo e vários outros, tudo converge para a vinda do Filho amado do Senhor.

Josué vendo que Moisés fora castigado pela sua desobediência fez de tudo para ser fiel a Deus.

Como ordenara o SENHOR a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim Josué o fez; nem uma só palavra tirou de tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés.

Josué 11, 15

O nosso próximo personagem tem muito a nos ensinar, Balaão exalta a grandeza do Senhor:

E ele respondeu, e disse: Porventura não terei cuidado de falar o que o SENHOR pôs na minha boca?

Números 23, 12

Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?

Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.

Não viu iniquidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o SENHOR seu Deus é com ele, e no meio dele se ouve a aclamação de um rei.

Números 23, 19-21

VENDO Balaão que bem parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel, não se foi esta vez como antes ao encontro dos encantamentos; mas voltou o seu rosto para o deserto.

E, levantando Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava acampado segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.

Números 24, 1-2

Então Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros, que me enviaste, dizendo:

Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir além da ordem do SENHOR, fazendo bem ou mal de meu próprio coração; o que o SENHOR falar, isso falarei eu?

Números 24, 12-13

Quem não conhece esta história talvez não compreenda por estar o autor destacando alguns versículos, mas vou explicar alguns detalhes de forma que torna fácil o entendimento...

Balaque, rei dos Moabitas envia mensageiros a Balaão (profeta) e pede sua ajuda, pois o povo hebreu que saiu do Egito está à porta de seu reino e o rei quer que ele o amaldiçoe, no entanto Balaão em oração recebe a mensagem de que o povo é bendito e se recusa, Balaque tenta de todas as maneiras convencê-lo, prometendo grandes riquezas, mas toda vez que ele tem de proclamar uma maldição sai de sua boca bênçãos sobre os hebreus.

Deus é assim, quando você está em seus caminhos em busca de paz, justiça, amor, dignidade só as bênçãos te alcançam.

Esta obediência de Balaão às ordens do Senhor nos remete a muitos outros, mas quero destacar:

Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;

Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;

Corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com alegria;

Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;

Colos. 1, 9-12

Este é um chamado aos cristãos que querem buscar àquEle a quem amamos. Paulo se preocupa com a nossa espiritualidade, pois sabe que se vivermos diante do Senhor estaremos sempre em paz conosco e com aqueles que nos rodeiam.

Paulo vai incentivar esta busca pela vida cristã comparando-os àqueles da época de Moisés que ao subir ao Monte Sinai tinha o rosto resplandecido devido à presença do Senhor, então ele cobria o rosto com um véu, este véu representa a glória de Cristo que hoje é mostrada a nós, vejamos:

E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.

Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;

E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.

Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.

Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

2 Cor. 3, 13-17

Todos sabemos que a obediência a Deus é um caminho seguro, mas teimamos em fazer um que seja só nosso.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 27/10/2017
Código do texto: T6154445
Classificação de conteúdo: seguro