Parábolas para os dias de hoje

Introdução

Caros leitores, esta é mais uma obra que quer levar o cristão a viver o evangelho em tempos tão difíceis, tempo de provação e de tomada de decisão frente àquele a quem amamos, tempo de mostrar ao Senhor que a Face Dele resplandece em nós, somos sua imagem e semelhança.

A partir das parábolas passaremos a conhecê-Lo e a amá-Lo verdadeiramente e descobriremos a alegria de tê-Lo por irmão e Senhor.

As parábolas falam ao coração de todos aqueles que as leem, fazendo com que cada um se questione a partir de pequenas histórias de ensinamento e despertar do homem novo que cada um tem escondido no fundo da alma que anseia pelo Senhor.

O cristão tem que estar sempre pronto para servir ao Senhor, desde pequenas ações de amor ao próximo, como a participações em celebrações, encontros, atenção à esposa, aos filhos e por isso vamos começar com a parábola:

A casa construída sobre a rocha

Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem sensato que construiu sua casa sobre a rocha.

“Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põem em prática é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!”

Mateus 7, 24-27

Esta parábola é riquíssima em mensagens; vou destacar a orientação que Jesus dá aos cristãos de todas as épocas. Observe que os fenômenos naturais (tribulações, fome, frio, separação) que atingem as duas casas são os mesmos, a diferença está na finalização. A que está sobre a rocha não desaba (se se mantiverem em oração e buscando o Senhor), mas a que está sobre a areia sim, e ainda pior, tem uma grande ruína.

Quando Jesus citou estes versículos foi muito claro em outra situação: Havereis de ter tribulações, ou seja, nós cristãos passaremos pelas mesmas situações que os ímpios, a diferença e que não cairemos, diferente do destino deles.

E qual a vantagem, se passaremos por situações tal e qual eles?

Aquele que conhece a Palavra vai confiar no Senhor na hora da tribulação e Ele não vai deixar que um de seus filhos fique sem saída, seja na pequena ou na grande dificuldade. É lógico que depende de nos colocarmos nas mãos do Senhor e chegarmos ao arrependimento para que a graça possa agir em nós.

O Pai está sempre comigo. Eu vos disse essas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!

João 16, 33

E Ele pede para que sejamos solidários aos nossos irmãos:

Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição.

2 Cor. 1, 4

Há pecados cometidos em momentos de descontrole emocional; não deixe que a situação se estenda, ore, lembra-te do teu Deus e peça que o Senhor o ajude, é o que se espera de um filho, assim o Espírito Santo agirá.

Se for grave a situação e chegar a levá-lo à prisão, por exemplo, creia, Deus não o desamparará, estará lá através de outros que levarão a ti a Palavra e lá te fortalecerá, e lá o restaurará. Ele está em todos os lugares em busca de resgatar aqueles que a Ele pertencem. Em outras situações, sejam quais forem continue em oração, não permaneça no pecado, perdoe e Deus vai estar contigo e agirá a seu favor.

Não te esqueças: os ventos, as tempestades, as enchentes obedecerão à voz do Senhor, quando Ele se levantar a teu favor.

É difícil passar por tribulações, mas nada acontece sem a permissão do Senhor, portanto confie, se Ele deixou que ventos soprassem lhe dará força para passar por ele. Seja este uma doença, o desemprego ou outro vento qualquer, confie simplesmente.

Além destas reflexões devemos estar atentos às palavras: ouve e pratica, sem juízo e sensato, rocha e areia.

Quando você está dirigindo e vê à sua frente o sinal vermelho, espera-se que você pare, inclusive no amarelo aqueles que são ainda mais prudentes.

O seu automóvel está com o marcador apontando a reserva, este fato vai levá-lo à ação, ou seja, refletir sobre um bom posto de gasolina, álcool, diesel, gás, e vai levá-lo a parar para abastecer.

A placa indica que é proibido entrar a direita, e você não vai fazê-lo, é pura insensatez!

Se todos “ouvissem” o que dizem as placas, os ponteiros, as cores e por fim o Espírito Santo que habita em nós, não passaríamos por muitas situações de perigo, de morte, de tribulações que poderiam ser evitadas.

Ouvir e praticar são sinal de amor, muitos irão questionar: “Por que Deus quer assim”? Ele nos fala em sua palavra, que o jugo Dele é suave, no entanto para eu ser cristão é difícil demais!

Por isso, conhecer a Palavra é tão importante , você verá que a dificuldade está em não compreender, vejamos alguns exemplos:

Às vezes, por não conhecermos algo, nos distanciamos, mas depois que experimentamos queremos estar sempre praticando, tal como o futebol, o surf, ginástica olímpica, judô e aí por diante, se não vivemos estes esportes não podemos avaliá-los. Praticar a Palavra é vida plena, o mundo nos dá muitas outras opções, principalmente nesta época de grandes tribulações e sabemos o quanto é difícil não praticar ações que levam ao pecado, mas quem faz opção pelo Senhor sabe da alegria construída sobre a rocha que o Espírito Santo nos proporciona ao servir a quem tanto amamos.

Por fim temos a frase final: “...e grande foi a sua ruína”.

Quantas situações nós vemos na TV, no jornal e na vida real de pessoas que passam por grandes sofrimentos inclusive com mortes trágicas, famílias inteiras com problemas sérios, são pessoas que construíram sua casa sobre a areia.

E, por conseguinte temos famílias unidas, abençoadas que chegam a passar por momentos tristes, difíceis e oram, fortalecem um ao outro e mesmo quando acaba em morte, sabe-se que Deus receberá na glória aquela alma e assim a tristeza se transformará em alegria, é o Pai olhando o Filho na cruz, querendo abraçá-Lo. Pai em tua mão entrego o meu espírito.

Parábola do Joio e do Trigo

Jesus apresentou-lhes outra parábola:

O Reino dos céus é como alguém que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo e semeou joio no meio do trigo e foi embora.

Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os servos foram procurar o dono e lhe disseram:

- Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio? O dono respondeu: Foi algum inimigo que fez isso. Os servos perguntaram ao dono: Queres que vamos retirar o joio?

-Não, disse ele.

Pode acontecer que ao retirar o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita. No momento da colheita, direi aos que cortam o trigo: retirai primeiro o joio, e amarrai-o em feixe para ser queimado! O trigo, porém guarda no meu celeiro!

Mateus 13, 24-30

Esta parábola tem mensagens de grande importância para nós, primeiramente nos mostra que se vermos as pessoas externamente, não poderemos concluir se este é um trigo ou um joio, os dois se desenvolvem juntos, a diferença é que um é para a honra e glória do Senhor, praticam a justiça e vivem o amor. Outro tem em seu coração a injustiça e a falta de amor ao próximo, consequentemente a Deus.

O joio e o trigo são praticamente iguais, a diferença está na semente do trigo (símbolo das obras de justiça e amor) que pesa, fazendo com que o peso das sementes o incline levemente (sinal de adoração a Deus), amor, obediência e humildade, enquanto que o joio que não possui sementes mantém-se de pé, agindo de acordo com seus próprios conceitos.

São estas características que levaram Jesus a contar tão bela parábola.

As nossas ações durante toda a vida vão mostrar o que somos realmente, pois agimos de acordo com o que temos no coração.

Não devemos nos esquecer de que Deus nos conhece e melhor do que nós mesmos, ao aceitá-Lo como Senhor, teremos uma vida de compromissos cristãos, por isso tantos fogem da presença daquele que nos ama.

Voltarão ao Senhor depois de passar por situações extremamente complicadas, o Pai olha para o trigo que precisa de amor, força e energia. Ele cuida de cada um! Pense nisso.

Nós, não percebemos a diferença entre o joio e o trigo, mas o Senhor em sua imensa sabedoria o sabe; este conhecimento é vedado ao inimigo, por isso ele ataca a todos, para tentar desviar os cristãos do caminho, para dificultar a ação deste, devemos estar sempre em oração e cuidar para não fazer a opção pelo pecado.

Deus, ao deixar crescer ambas as plantas age com misericórdia. Alguns dirão: Como assim? Era só acabar com o joio e estava tudo resolvido.

Vejamos então que apesar de para o Senhor tudo ser possível, vimos que a diferença entre o trigo e o joio só é perceptível na época da colheita, ou seja, no final de nossa vida terrena, até lá podemos optar por ser o trigo ou o joio, é o livre arbítrio que nos deixa abertos a escolhe, e isto o fazemos a cada ação em nossas vidas.

Uma parte da Bíblia que nos fará compreender melhor esta parábola é:

Percebendo que ele (Sansão) lhe havia contado todo seu segredo, Dalila mandou chamar os chefes dos filisteus: Vinde todos aqui, porque desta vez Sansão me contou todo o seu segredo. Eles acorreram trazendo o dinheiro que havia prometido. Dalila fez Sansão adormecer no colo e chamou um homem, que cortou as sete tranças de Sansão. Este foi enfraquecendo e de repente sua força o abandonou.

Então Dalila gritou: Sansão, os filisteus! Despertando do sono ele pensou: Sairei desta como das outras vezes e me livrarei. Mas ele não sabia que o Senhor o havia abandonado.

Juízes, 16, 18-20

Sansão não podia dizer a ninguém sobre a origem de sua força, que na verdade não estava nos cabelos, mas em seu significado: Ele era consagrado ao Senhor e fazia parte deste fato a proibição de cortar os cabelos conforme fora dito aos pais de Sansão: .... A navalha não deve tocar sua cabeça, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno...

Juízes 13, 5 b

Por ser um sinal de sua consagração, permitir cortá-lo foi uma forma de desobediência e fez com que ele perdesse a força que vem de Deus, mas o Senhor continuou com ele apesar do pecado, e vai reverter a situação, como sabemos, a fim de utilizá-lo para seus projetos, mas agora sob aflição e dor, seus olhos foram furados, e ainda por cima ele acaba por morrer ao derrubar o palácio do rei.

“Deus não abandona os seus por definitivo, neste caso o” deixou” por um período a fim de usar de sua fraqueza para a glória de seu Santo Nome. Ele poderia não ter optado pelo pecado e não passaria pela situação que conhecemos.

E por fim, vemos que Sansão erra novamente, achando que sem a força que ele sabia vir de Deus poderia enfrentar os filisteus “...sairei desta como das outras vezes e me livrarei.” Achava portanto que a desobediência não teria sobre ele nenhum efeito e sabemos que Deus é amor, mas também é justiça e cobra de nós as decisões que tomamos.

Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda:

O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. Embora seja menor de todas as sementes quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos.

Mateus 13, 31-32

Vamos iniciar a análise nos reportando a Daniel no capítulo quatro; certamente Jesus tinha em mente esta parte do antigo testamento, a árvore citada é um símbolo do Reino, Deus prova que só Ele é capaz de implantar um reino eterno, pois a força deste não está no poder dos homens ou das armas, mas sim no seu Filho amado, a semente que germina e produz salvação.

A história de Daniel a que nos referimos inicia quando Daniel interpreta um sonho do rei e o orienta, porque tinha uma mensagem do Senhor para ele, o rei não dá atenção ao que Daniel expõe, vejamos:

Na cama ia eu observado as imagens que me vinham à cabeça quando vi:

Lá estava uma árvore, bem no centro da Terra. E era ela muito alta.

A tal árvore cresceu e ficou forte, chegando o topo até o céu, e sua copa se alargou até o extremo da Terra, folhagem bonita e frutos com fartura, nela havia alimento para todos.

Daniel 4, 7-9 a

Jesus não foi desobediente ao Pai e, portanto a árvore cresce abundantemente a cada segundo, pois a mensagem dos evangelhos se estende por toda a Terra e milhares se convertem a cada dia.

Até aqui podemos dizer que se refere à semente da parábola, mas esta árvore é só um símbolo do que viria: “O Reino de Deus”, Deus usa Nabucodonosor para mostrar a grandeza de seu Reino.

O ser humano não é capaz de desenvolver um império sem se corromper. O único que vai fazê-lo é o próprio Jesus, veja:

Está resolvido no decreto dos vigias, o que decido é a palavra dos santos, para que todo ser vivente reconheça que é o Altíssimo quem manda nos impérios humanos e põe como rei quem ele o quer. Seja ele o mais humilde dos homens, querendo, o Altíssimo o põe nas alturas.

Daniel 4, 14

Esta promessa Ele cumpre no Messias, referindo-se ao reino espiritual por Ele implantado. ( semente da mostarda)

Depois, na continuação do sonho de Nabucodonosor diz que a árvore é cortada, mas deixam um tronco com as raízes, Daniel aconselha o rei:

Neste sentido, ó rei te seja agradável o meu conselho: paga os teus pecados praticando a compaixão e repara tuas faltas cuidando dos pobres. Talvez assim tua felicidade possa durar.

Daniel 4, 24

Daniel falou assim porque pela mensagem o rei ira ser podado, mas depois se recuperaria, ações de compaixão ajudariam a aplacar a ira de Deus sobre ele.

Mas, Deus conhecia o coração de Nabucodonosor e sabia que ele novamente cairia em erro, o que aconteceu ao pensar que sua grandeza permaneceria para sempre por suas próprias forças, vejamos:

Ia falando consigo mesmo:

Ai está a grande Babilônia que construí para moradia do rei, com o poder de minha autoridade e para o esplendor da minha glória!

Daniel 4, 27

Vemos claramente que o rei colocava em si mesmo o poder que tinha, não aceitava que era Deus quem dava o poder a quem Ele quer, tanto que após ter este pensamento o rei passa por um período em que viveu como os animais do campo.

Demoraram sete anos para ele cair em si e aceitar com humildade o poder e a glória do Senhor.

Terminada aquela fase, Eu Nabucodonosor levantei os olhos para o céu e a consciência me voltou. Passei então a bendizer o Altíssimo e a glorificar aquele que vive eternamente. Seu poder é eterno, seu domínio atravessa as gerações!

Daniel 4, 31

É o homem aceitando que só Deus pode ter o poder eterno, somente Deus pode gerar um reino eterno, e é por isso que Jesus, o Deus conosco veio pessoalmente implantá-lo.

Outro exemplo vemos em Ezequiel:

Assim diz o Senhor Deus:

“Eu mesmo pegarei da copa do cedro (o mais alto cargo do povo de Israel), do mais alto dos seus ramos (Davi, rei) arrancarei um rebento (se refere ao Messias, Jesus) e implantarei sobre um alto e escarpado monte”.

Eu o plantarei no alto do monte de Israel.

Ele produzirá folhagens, produzirá frutos e se tornará um majestoso cedro ( refere-se à glória de Jesus). Debaixo deles pousarão todos os pássaros à sombra de seus galhos as árvores farão ninhos.

E todas as árvores do campo (judeus) saberão que Eu Sou o Senhor, que abato a árvore baixa faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, falei e farei.

Ezequiel 17, 22-24

O Senhor anuncia a vinda do Messias, descendente do rei Davi por parte de José e Maria.

Jesus é o rebento, broto de onde crescem as árvores e aqui se refere ao Reino de Deus.

As árvores do campo são os fariseus, os saduceus, os anciãos, os judeus em geral que não o aceitaram como Messias, Deus coloca seu Filho único como o Caminho, Ele é a árvore que se estende por toda a Terra sob a qual nos abrigamos da qual comemos frutos (dons, talentos...).

A próxima parábola vai nos dar uma visão mais ampla do poder das palavras de Jesus.

O Semeador saiu a semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.

Outras caíram em terrenos cheios de pedras, onde não havia muita terra. Logo brotaram, porque a terra não era muito profunda. Mas, quando o sol saiu, ficaram queimadas e, como não tinham raiz secaram. Outras caíram no meio dos espinhos, que cresceram sufocando as sementes.

Outras caíram em terra boa e produziram fruto: uma 100, outra 60, outra 30. Quem tem ouvidos ouça!

Mateus 13, 3-9

Esta parábola se refere à Palavra de Jesus e sua ação na formação do trigo, Palavra que é o alicerce para implantação do Reino de Deus e que faz a semente da mostarda crescer.

O campo é o coração humano que recebe diferentemente as palavras do evangelho, na época, todos aguardavam o Messias, mas esperavam por um rei majestoso que surgisse entre os poderes políticos e religiosos, só não pensavam na possibilidade de ser um homem de origem simples, sem estudos, por isso muitos não O receberam, fizeram-se surdos e cegos à ação do Senhor.

Tanto na época, como hoje muitos não tem a compreensão da palavra, vamos entender o por quê?

O ser humano “ouve” de diversas formas: um filme, uma música, a esposa, os filhos, amigos, o chefe, placas de sinalização, cores, expressões faciais, desenhos, e ainda tantos outros modos, mas fecham o ouvido à Palavra de Deus que orienta seus filhos.

É claro que tudo pode nos falar do Senhor, basta olharmos com amor e discernimento: as boas mensagens dos filmes, as letras de músicas, a alegria das mensagens, palavras de amor da esposa, do esposo, e aí por diante. Vamos a exemplos:

Todos que possuem um automóvel podem utilizá-lo de forma diferente, entre outras:

A não cristã: Faz do auto uma arma perigosa, correndo em alta velocidade, tirando racha, brigando, discutindo a toda hora no trânsito, descuidando da manutenção.

A cristã: Usar para passeios em família, ouvir o som, utilizar para compromissos sociais (escola, trabalho...), para ir ao médico, emprestar a vizinhos e amigos principalmente em emergências e aí por diante.

O mesmo podemos ilustrar a partir do uso do computador e do próprio corpo, tudo podemos fazer para a honra e glória do Senhor ou para a nossa perdição.

Esse discernimento o alcançará quando conhecer as Palavras do Senhor que nos mostra o caminho a tomar em todas as situações de nossa vida.

“Outras caíram em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra”.

Vemos que a Palavra do Senhor chega a este também, o problema é que ele não está preparado para recebê-la, as pedras são as opções feitas pela pessoa desde a sua juventude, e não podemos dizer que somos isentos do conhecimento do certo e do errado, todos temos como optar, se não a possuíssemos estaríamos isentos de pecado. Mas, tão logo se chegue à consciência deve-se mudar o modo que de levar a vida, por mais difícil que seja. Se permanecer no pecado por opção a palavra do Senhor não dará frutos e a raiz secará, e aqui não tratamos apenas da primeira morte, que é a natural, mas também a segunda morte após o juízo.

Observe, que as pedras já estão lá, quando a semente é lançada, Jesus no dá a consciência desta situação, a parábola é um aviso ao povo judeu, e a nós hoje que o Reino dos Céus veio para ajudar a tirar as pedras e colocar no lugar terra boa ( Palavra), que faz com que o fruto seja produzido.

Os frutos cristãos citados são os do Espírito que são relacionados em Gálatas:

O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.

Gálatas 5, 22

Ele mostra o caminho para se retirar estas pedras, vejamos:

Hoje, as pedras são as situações colocadas à nossa frente que incentivam a injustiça e o pecado, contra os quais devemos lutar: salário mínimo, a fome, o desemprego, pela saúde, contra doenças ao participar de ações sociais, leis anticristãs, crise na educação, na segurança, e em tantos outros campos.

Estejamos onde estejamos, em qualquer cargo ou posição social é nosso dever lutar para tornar a sociedade justa.

E temos pedras nas famílias que não deixa a Palavra brotar no coração destas: defeitos de caráter, opção pelo pecado, deixar de estudar, bebida, drogas, sexualidade mal administrada ao não cuidar do corpo que sabemos ser a morada do Espírito Santo, deve-se utilizá-lo de forma digna, Deus nos fortalece a cada momento, basta nos manter em oração e deixar de olhar as opções que o mundo nos oferece como opção possível, ou direito devido ao livre arbítrio. Só estudando a Palavra para discernir.

“Outras caíram no meio de espinhos...”

Pelo texto, os espinhos são situações mais difíceis que as pedras, pois nas pedras as sementes ainda brotam e crescem um pouco, os espinhos, no entanto deixam a planta crescer livremente, mas ela encontra uma barreira (os espinhos) que não deixa se desenvolver, percebemos que ela não tem saída, vai morrer de qualquer jeito. Esta parte da palavra se refere às pessoas que apesar de ouvi-la está em um ambiente totalmente adverso: Há crianças que são levadas a consumir álcool, drogas, desde a infância, incentivadas pelos pais, irmãos ou cuidadores, estes são alguns dos espinhos.

O que Jesus quis dizer a estes? Somente informá-los e dizer que estão perdidos? Não! Jesus veio nos dizer que onde quer que estejamos. Veio os resgatar, somos as ovelhas perdidas.

Há passagens bíblicas que dizem que o Senhor pode optar por leva-lo para si a fim de salvar a alma da criança ou adolescente, por isso tantos morrem. Esta afirmação deve ser um propulsor para pais que amam os filhos e não buscam a Deus, pois ao fazerem a opção pelo pecado perdem o direito de criar os próprios filhos, que não podemos esquecer que são antes filhos do Senhor. Palavras duras. Perdoem-me, mas vejamos:

Agradando a Deus, o justo é amado por Ele, vivendo entre pecadores, Deus o transferiu para outro lugar (refere-se à morte). Foi arrebatado para que a malícia não lhe pervertesse a inteligência, nem o engano seduzisse a sua alma.

Sabedoria 4 , 10-11

E mais:

Tendo alcançado em pouco tempo a perfeição, completou uma longa carreira: sua alma era agradável ao Senhor que por isso apressou-se a tirá-lo do meio da maldade.

Sabedoria 4, 13-14

Na época, Jesus se referia a situações em que muitas pessoas se encontravam, mas estes não se abriram a Palavra a fim de sair, eliminando os espinhos, que só Deus pode retirar. Os fariseus eram tão enraizados em si mesmos que não se deixavam brotar, era o próprio espinho, e ainda temos muitos iguais a eles.

Hoje passamos por isso, ao perceber ao nosso redor situações que sufocam o desenvolvimento do Reino e nos sentimos de mãos amarradas. Precisamos permanecer em oração e Ele nos mostrará um caminho.

Por fim a semente que caiu em terra boa, ou seja, nasceu em uma família cristã, com a casa construída sobre a rocha, leem diariamente a Palavra, participam de celebrações, seja lá em qual das denominações cristãs estiverem inseridos, somos todos filhos do mesmo Deus e pregamos o mesmo evangelho, as diferenças estão em doutrinas, mas a Pedra Angular é Cristo.

É por isso que Jesus contou também a parábola do filho pródigo dirigida àqueles que rejeitaram a Palavra do Senhor e que querem voltar a Ele, Deus sabe o quanto é difícil o caminho de volta depois que nos desviamos.

E ainda as boas obras feitas em nome do Senhor, a pregação do evangelho, a prática das bem aventuranças e todos os demais ensinamentos de Cristo.

Render trinta, sessenta, noventa refere-se em especial ao ganho de irmãos pelo testemunho dado por viver a Palavra, o que possibilita a ação do Espírito Santo que usa de nossos braços para agir.

Ao nos fechar à Palavra, dificultamos o agir do Senhor.

Estudaremos a partir de agora o assunto mais complicado do mundo atual, muitos dirão: É simples! Mas, ao olharmos a partir da misericórdia de Jesus veremos quão difícil é praticá-lo: O perdão.

Iniciaremos com a parábola a seguir, mas devido à complexidade analisaremos outras.

O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar as contas com seus servos. Quando começou o ajuste trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com o que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo junto com a mulher e os filhos e tudo que possuía, para pagar a dívida.

O servo, porém prostrou-se diante dele pedindo:

Têm paciência comigo e eu te pagarei tudo. Diante disso o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida.

Ao sair dali, aquele servo encontrou um de seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: “paga o que me deves”. O companheiro caído aos pés dele suplicava: Têm paciência comigo, e eu te pagarei. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo.

Mateus 18, 23-30

Observemos que é preciso tomar cuidado ao interpretar esta parábola. Quando se fala em ajustar contas não entendamos que seja no final de nossa vida terrestre ou no dia do juízo, este ajuste é a cada momento. Já vimos que o preço de nosso resgate é impagável, somente a vida e morte de Cristo pôde nos resgatar das garras da morte. E nesta parábola vemos que se estende a toda a família a ação do senhor, e isto por que quando a cabeça da casa (pai, mãe) faz a opção pelo pecado acaba arrastando todos os demais, pois a situação por vezes envolve todos os membros, é o caso, por exemplo, do corrupto, que dá uma vida farta em bens a todos, mas com dinheiro impuro, é o caso da prostituta que cria os filhos com a arrecadação das ruas, é o caso do ladrão que diz fazê-lo para dar uma vida digna à família que ele tanto ama.

Temos de aprender a perdoar a si mesmo e aos outros, se carregarmos no coração mágoa, ressentimentos, fazemos mal a nós mesmos, e como veremos perdemos o direito ao perdão.

Quando o rei resolveu fazer o acerto de contas?

Como já vimos, Jesus é a última palavra; enviado por Deus e falando o que Ele orientou, já não temos mais desculpas para não seguir o Caminho por Ele apresentado: Ele mesmo.

Jesus nos revelou todos os segredos que devemos conhecer tudo está nas mensagens escritas pelos profetas, apóstolos, não temos como fugir, nem há razão de esperar por outro ensinamento.

O Senhor vem a nós a cada dia, o Espírito Santo nos orienta em tudo que fazemos, se deixarmos de procurá-Lo a opção é nossa, se optarmos pelo pecado deixamos de ouvir a voz daquele que nos ama.

Quando Jesus esteve conosco em carne, se colocou acessível ao perdão e é o que o rei faz com o servo, inicialmente, no entanto Ele nos ensina que para receber o perdão, é preciso perdoar, e vemos ainda que o perdão do Senhor é imenso porque realizado a partir do sacrifício de seu Filho único, por isso “de valor incalculável”, e se olhamos para Cristo e não conseguimos agir minimamente e perdoar pequenas dívidas (ofensas), não receberemos o perdão a que temos direito, apesar de ter adquirido pela graça que chega a todos nós, temos que fazer nossa parte para que o Senhor faça a Dele.

Como é bom saber que o Senhor nos perdoou, e não duvide disso, se pedires com o coração arrependido Ele cumpre o que disse: devemos perdoar setenta vezes sete, o que na linguagem do cristão quer dizer: sempre e infinitamente.

Mesmo se a sua luta for longa, como é o caso de quem tenta deixar o mundo das drogas, da prostituição, de roubos, corrupção, fumo, jogos, cuidados exagerados com a beleza e força corporal, saiba que o Senhor estará ao seu lado para que se fortaleça e volte ao Caminho de amor a Deus e ao próximo.

Vamos analisar a fraqueza de um dos maiores apóstolos do Senhor:

Simão, Simão! Satanás pediu permissão para peneirar-vos, como se faz com o trigo.

Eu, porém orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos.

Lucas 22, 31-32

Veja que satanás queria cobrar as fraquezas de Pedro, mas Jesus orou intercedendo por ele o Pai, tamanha a grandeza da missão de Pedro, e Jesus, mesmo sabendo das fraquezas dele confiava que ele poderia cumprir o projeto do Pai. E sabemos que cumpriu, inclusive entregou a vida pelo evangelho. A lição é que o pecado já não nos separa do Senhor por definitivo, a graça cobre-nos com o perdão.

Outra fase que chama a atenção é: “e uma vez convertido confirma os teus irmãos”.

Jesus, o Messias só vai se revelar aos apóstolos como o Filho de Deus de forma que realmente eles entendessem após a ressurreição, ao ver o Senhor revestido de um corpo imortal conseguem entender o que espera aqueles a quem nEle confia, e com a pentecoste as mentes deles se abrem e passam a compreender o mistério da encarnação do Deus conosco. As palavras de Jesus passam a fazer sentido e eles se convertem ao Senhor, mas este processo vai até a morte, assim é conosco.

Analisaremos agora uma parábola que vai ampliar nosso conhecimento sobre a injustiça que Deus tanto abomina:

Escutai outra parábola:

Certo proprietário plantou uma vinha , pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou seus servos aos agricultores para receber.

Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. Ele ainda mandou outros servos, em maior número que os primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. Por fim, enviou-lhe o próprio Filho, pensando: “A meu Filho respeitarão”. Os agricultores, porém, ao verem o Filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro”. Vamos matá-Lo e tomamos posse de sua herança! Então, agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram.

Mateus 21, 33-40

O início da parábola refere-se claramente ao povo de Israel, Deus deu ao seu povo tudo que precisavam, mas eles permaneceram rebeldes, o Senhor deixou-os caminhar e durante séculos interveio utilizando os profetas que tentavam abrir os olhos deste povo, mas teimaram em não ouvi-los: Jeremias, Isaias, Oséias e tantos outros e por fim mandou seu próprio Filho, aqui Jesus claramente refere-se a si mesmo e prevê a própria morte.

O que não sabiam os que dominavam a religião na época é que Ele ressuscitaria como primícia para nós cristãos.

Os trabalhadores conheciam o proprietário e também reconhecem o Filho, mas o egoísmo de permanecer com o poder que adquiriram durante séculos , levou-os a querer permanecer confortavelmente na situação em que se encontravam, optaram por um reino de poder humano e desprezaram o verdadeiro Rei.

Nós vemos aqui uma batalha espiritual incrível, o apóstolo Paulo vai falar sobre este fato em seus livros. Batalha que permanece, vejamos:

Pois a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados, as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos espalhados pelo espaço.

Efésios 6, 12

E Paulo mostra-nos como agir, inspirado pelo próprio Cristo ressuscitado.

Ficai, pois, de prontidão, tendo a verdade como cinturão, a justiça como couraça, e os pés calçados com o zelo de anunciar a Boa Nova da paz. Em todas as circunstâncias, empunhai o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as flechas incendiadas do maligno. Enfim, pode o capacete da salvação e empunhai a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Efésios 6, 14-17

Na última parte da parábola Jesus fala radicalmente:

“Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores”?

Eles responderam:

-”Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo.”.

Então Jesus lhes disse:

Nunca lestes nas escrituras:

A Pedra que os construtores rejeitaram, esta é a que se tornou a Pedra Angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos!

Por isso vos digo, o Reino dos céus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos.

Mateus 21 40-43

O Pai, vendo que o seu povo, Israel, não se submetia a seu poder ergueu um novo povo, a sua igreja, semente do Reino implantado por seu Filho, um povo formado por Sacerdotes, templos do Senhor, a estes foi dado o poder pelo Espírito Santo.

Mas vós sois a gente escolhida, o Sacerdócio Régio, a nação santa, o povo que Ele adquiriu, a fim de que proclameis os grandes feitos daquele que vos chamou da treva apara a luz maravilhosa. Vós sois aqueles que antes não eram povo, agora, porém é povo de Deus; os que não eram objeto de misericordiosa, agora, porém, alcançaram misericórdia.

1 Pedro 2, 9-10

Aqueles e deveriam ser os construtores (os judeus deveriam acolher o Messias, mas exaltaram a si mesmos) rejeitaram a Pedra Angular (Jesus Cristo) sobre o qual o Pai constrói a sua igreja.

Logicamente que os sumos sacerdotes e os fariseus não gostaram do que ouviram, pois perceberam que as palavras eram sobre eles.

Hoje, passamos por isso, quantas igrejas colocam a força na pessoa do dirigente, enganando o povo, impossibilitando a ação do Espírito Santo, e pior, agindo de forma a levar os participantes por caminhos que não levam a Deus.

De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que já está colocado: Jesus Cristo.

Aquele cuja construção resistir ganhará o prêmio; aquele cuja obra for destruída perderá o prêmio- mas ele mesmo será salvo, como que através do fogo.

1 Cor. 3 11 e 14

Apesar de esta passagem dar esperança a quem participa de igrejas sem história, fundada por interesses diversos, é bom saber que se você souber de alguma mentira pregada no púlpito e mantê-la sem denunciar ou ao menos questionar o que é dito estarás em pecado contra o Senhor.

Por fim, antes de estudarmos a próxima parábola quero colocar a questão: Na igreja não há apenas trigo, há joio entre os membros e estes estão ali para fortalecer a nossa fé, olhando os descaminhos destes vemos na vida cristã a opção que acolhemos em nosso coração. Nós não temos como saber quem é o que, por isso Jesus diz para não julgar os outros.

Esta parábola vai nos mostrar a importância de estarmos preparados para a volta de Cristo, e o que é exigido para recebê-Lo:

O Reino dos Céus pode ser comparado a dez virgens que, levando as suas lamparinas saíram para formar o séquito da noiva. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram prudentes. As descuidadas pegam as lâmpadas, mas levaram óleo consigo. As prudentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: “O noivo está chegando”. Ide acolhê-lo!

Então, todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às prudentes: Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando. As prudentes responderam: De modo algum, pois o óleo ode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor ides comprar dos vendedores.

Mateus 25, 1-9

A cada parábola que estudamos, temos um entendimento mais amplo sobre o Reino de Deus, Jesus faz questão de deixar claro que seu reino não é daqui, e que somos filhos do reino preparado para nós desde a eternidade.

Nesta, Jesus o compara a dez virgens, sendo que cinco não se preparam para a chegada do noivo devidamente, e as outras cinco são prudentes e apesar de estarem dormindo estavam preparadas para recebê-lo, trazem consigo tanto o óleo da lamparina como jarros de óleo para alimentar as chamas durante a festa de casamento. Elas são pegas de surpresa, mostrando que não haverá aviso do dia da vinda de Cristo, portanto todo tem de estar prontos; as cinco virgens prudentes representam os cristãos presentes em todas as doutrinas cristãs que levam a sério a palavra do Senhor e ainda que possuam o mais importante, veremos o que é, no final deste estudo.

O período de espera do noivo vai desde a morte, ressurreição e ascensão de Cristo e pentecoste até sua segunda vinda, que aguardamos ansiosamente.

O óleo é o símbolo da consagração a Deus, todos o somos a partir do batismo, a luz representa a nossa fé que deve estar sempre fortalecida pelo estudo da Palavra e a participação nas assembleias, congregações, celebrações onde oferecemos ao Pai os frutos de nosso trabalho, além de nós mesmo e a nossa adoração e louvor.

Quando as descuidadas pedem óleo às previdentes e estas recusam, não é por falta de solidariedade como podem afirmar alguns, menos ainda falta de amor ao próximo, devemos lembrar que estas virgens representam a noiva, a igreja aceita por Cristo, então vamos entender: Se o óleo representa a consagração e a obtemos no batismo e por isso afirmamos aceitar a Jesus como nosso único Salvador, como é possível partilhar no momento da vinda do noivo? Elas tinham de estar preparadas, descobriremos adiante o que faltava a estas.

Vejamos: Todas as virgens possuíam fé (simbolizada pela lanterna) e o óleo (a consagração), difere ai a quantidade.

Todos nós temos uma fé sem medida? Não, pois a fé é um dom que Deus dá a quem quer, ela é enfraquecida por causa do pecado, temos de fortalecê-la pela oração e perseverança. Mas, se tivesse outras das exigências feitas à noiva, talvez entrasse.

Consagrados ao Senhor todos os cristãos são, a quantidade de óleo para encher as lamparinas vai nos levar a pensar na questão de dedicação à vida cristã, aos frutos a serem apresentados ao Senhor, aos talentos que Ele quer com juros e lucro. Mas talvez não o impedisse de entrar. Qual será o mistério, porque as cinco tiveram que ir adquirir e perderam a chance de participar do casamento?

A fim de Ajudar em nossa reflexão vamos a outros versículos:

Se eu falasse a língua dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor, eu seria como p bronze que soa ou o címbalo que tine.

1 Cor. 13,1

Vemos ai a importância do amor e isso já sabemos, mas...

O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciências desaparecerá.

1 Cor. 13, 8

A esta altura o leitor já deve ter chegado à conclusão, mas vamos avançar:

Atualmente aparecem os três: a fé, a esperança e o amor. Mas o maior deles é o amor.

1 Cor, 13, 13

Vejamos que a palavra amor não aparece na parábola, e porque destacá-la?

É que o amor está inserido no texto, vamos imaginar um casamento comum, do que precisamos: um casal apaixonado (onde há amor, caso contrário sabemos que não há como durar para sempre), o amor, e o respeito (que faltou em relação às descuidadas que não levaram em conta as necessidades básicas do relacionamento) que não tiveram por que não estavam preparadas.

Faltava, portanto às virgens descuidadas o amor ao noivo. A verdadeira igreja é aquela que ama de verdade, conclui-se.

O amor incondicional a Cristo aparece em várias passagens bíblicas:

Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muito vão dizer: Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? Então Eu lhes declararei: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Mateus 7, 21-23

Muitos ensinam regras humanas como se fosse a Palavra de Deus:

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. É inútil o culto que me prestam, as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos.

Mateus 15, 8

Fazem discussões vazias ao invés de se ater à Palavra.

Procurai a paz com todos e a santidade sem a qual ninguém verá a Deus. Cuidai para que ninguém fique privado da graça de Deus, e que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós, tumultuando e contaminando a muitos.

Hebreus 12 , 14-15

Toda a história bíblica leva-nos a buscar a unidade, somos um só em Cristo Jesus, por isso o apóstolo Paulo é claro quando escreve o versículo acima, ele já percebia que a tendência das igrejas da época que ainda eram unas, só existia uma única, mas ao mesmo tempo havia divergências entre elas, inclusive entre Paulo e Pedro que chegaram a discutir ardentemente.

O certo é que devemos sempre ter as Palavras de Jesus como verdades absolutas, então vejamos:

Pai Santo guarda-os em teu nome, o nome que tu me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um.

Eu não te peço só por estes, mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles, para que todos sejam um, como tu, ó Pai estás em mim e Eu em ti.

João 17 11 b e 20-21 a

O apóstolo Paulo adverte logo no início:

É preciso fazer com que eles se calem, pois estão pervertendo famílias inteiras, ensinando o que não devem, com a intenção vergonhosa de ganhar dinheiro.

Eles dizem que conhecem a Deus, mas negam isso com os próprios atos, pois são cheios de ódio, desobedientes e incapazes de fazer qualquer obra boa.

Tito 1, 11 e 16

Vemos que as palavras são inquestionáveis, portanto a parábola nos remete a igreja reunida e que aguarda o noivo, por serem cinco não se diz que sejam igrejas diferentes porque possuem os mesmos itens e o amor verdadeiro a Cristo que é o mais importante. A aparente desunião das igrejas verdadeiras é apenas externa e não podemos esquecer que o Senhor vê o coração, não o tamanho nem a força ou riqueza.

Se o teu coração ama aquele que nos ama fazes parte do “séquito das noivas”, ou seja, da fileira das igrejas que servem verdadeiramente a Cristo.

O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus servos e lhe confiou seus bens: a um, cinco talentos, a outro dois, e ao terceiro, um. A cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que tinha recebido dois, lucrou outros dois. Mas aquele que tinha recebido um só foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

Mateus 25, 14-18

Para compreender melhor esta parábola, é preciso saber que o valor de um talento de ouro referia-se a 33 Kg, uma verdadeira fortuna na época, podemos dizer incalculável, e o mesmo se pode dizer para os dias de hoje, são trinta e três mil gramas vezes cinco talentos, temos 165.000 gramas de ouro. Mas o que isso quer dizer?

Pessoas leem esta parábola e fixam o raciocínio no valor monetário, quanto podem arrecadar em nome do Senhor? Se Deus deu valor tão alto é porque Ele é a favor das riquezas...e aí por diante.

Os verdadeiros cristãos, no entanto, sabem que esta supervalorização é uma hipérbole, um aumento exagerado, para dizer o quanto Deus valoriza aquilo que nos dá.

Isto quer dizer que o Senhor quer que cuide dos dons que lhe dá, como um tesouro deixado para ti.

Como é bom servir àquele a quem amamos, subir ao púlpito e dissertar sobre a Palavra para que os participantes vejam suas vidas a partir do evangelho e de toda a escritura, conversar sobre Ele entre amigos e participantes de nossa igreja, ou ainda na escola, na rua, seja onde for, é uma dádiva de valor incalculável que não podemos esconder do outro. (enterrar, como fez o terceiro).

O ouro é utilizado na parábola por diversas razões, principalmente por ser o símbolo da santidade cristã e ao mesmo tempo da divindade de Cristo o que nos leva a refletir que Jesus está sempre presente em nossas vidas, é o ouro que utilizamos para fazer a vontade do Senhor, e esta é que tenhamos seu Filho sempre presente em nossas vidas, não podemos escondê-Lo por vergonha, medo de perseguição ou querer viver a vida sem Ele. Pelo contrário ao ver o teu rosto, caro leitor, deve-se compreender a grandeza de Cristo que é a imagem e semelhança perfeita de Deus, assim como nós devemos buscar ser, portanto não se podem gastar os talentos, ou seja, tirar de nós esta semelhança, mas sim multiplicá-los, ou seja, a cada dia estamos mais próximos de o Pai ver em nós a face do próprio Filho.

A santidade cristã refere-se a nossa vida separada para Cristo, ou seja, vivemos uma vida diferente, não participamos das iniquidades, mas sim, buscamos uma vida de amor e fraternidade. Seja como leigo, aqueles que participam das atividades da igreja: no coro, nas reflexões bíblicas, na ajuda ao próximo, limpeza, preparação das celebrações, louvores e tantas outras atividades. Ou, como pastores, bispos, diáconos, presbíteros, ministros e tantos outros dons, contanto que todos que o mais importante é o amor a Deus e ao próximo.

Para nos ajudar, vamos refletir sobre um tema que ilustra bem a questão do ouro, como símbolo de santidade/divindade.

Farás (Moisés) uma arca de madeira de acácia, com cento e vinte e cinco centímetros de comprimento e setenta e cinco de altura e outros setenta e cinco de largura. Revestirás a arca de ouro puro, por dentro e por fora. Em volta porás uma moldura de ouro.

Êxodo 25, 10-11

A acácia é o símbolo da humanidade, é o Deus-Homem, o Deus conosco. Esta madeira é revestida de ouro. Isto significa a divindade de Cristo, sua santidade.

Além deste exemplo, também sabemos que o Senhor trabalha seus filhos como o ourives trabalha o ouro, e por quê? Simplesmente porque o ourives sabe que o ouro está puro quando enxerga sua própria face no ouro, é o que Deus quer de nós, ver em nós, novamente a imagem Dele que perdemos por causa do pecado, no entanto a graça nos dá força para buscarmos novamente a semelhança com Deus.

A Parábola dos dois filhos

Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro disse: “ Filho, vai trabalhar na vinha!”

O filho respondeu: “ Não quero”. Mas depois mudou de ideia e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:” Sim senhor, eu vou.” Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Os sumos sacerdotes e ao anciãos responderam: O primeiro!

Então Jesus lhes disse: Em verdade Eu vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditaste nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele.

Mateus 21, 28-32

Esta parábola é uma crítica às autoridades judaicas que dizem sim externamente, para que os outros vejam, mas no intimo dizem não a Deus, com seus preceitos impedem que o povo entre no Reino dos Céus.

Vejamos uma das discussões entre Jesus e eles.

Disse então ao homem: “ Estende a mão!” Ele a estendeu, e a mão ficou curada, sadia como a outra. Os fariseus saíram e tomaram a decisão de matar Jesus.

Mateus 12, 13-14

Jesus curou este homem, num sábado, e os fariseus impunham o descanso sabático com muito rigor, inclusive não se podia fazer curas, esta imposição vinha deles e não de Deus que sempre foi misericordioso.

Eles achavam que o Messias esperado iria ficar do lado deles, pois eles dominavam a religião da época e tinham muito poder.

Nestes versículos a vinha representa o povo judeu que se consideravam o povo de Deus pois tinha as promessas de Abraão e seus descendentes, e o segundo filho somos nós, os pagãos que viviam no pecado, mas quando Cristo veio creram nEle e fomos enxertados no povo original. Um dos perigos desta parábola é estuda-la em versículos separados, comum interpretação de falsos pastores, observemos:

“Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus.”

Jesus assim se coloca referindo-se àqueles que nEle creram e se arrependeram.

Vá e não peques mais. ( Frase comum usada por Cristo)

E porquê? Os fariseus achavam que as pessoas pecadoras jamais poderia ser purificadas, eram malditos, assim como quem adoecia ou a mulher que tem sangramento, a corcunda, a leprosa, e assim por diante.

Jesus perdoava, o pecado já não será um empecilho para nos tornarmos filhos de Deus; o que vai ocorrer após a morte, ressurreição, ascensão e Pentecoste, quando recebemos o Espírito Santo, pois o sacrifício de Cristo nos reconciliou com o Pai.

Vamos ver um fato que ilustra esta afirmação:

A mulher ( samaritana ) disse:lhe ( a Jesus ): Eu sei que virá o Messias ( isto é o Cristo ) , quando Ele vier, nos fará conhecer todas as coisas. Jesus lhe disse: Sou eu, que estou falando contigo.

João 4, 25

Depois de conversarem a samaritana vai pela cidade e chama a todos para ouvirem a Jesus, e ela creu e também toda a cidade na qual Jesus ficou por dois dias, podemos dizer portanto que crer leva a mudança de vida e testemunho.

Outra que apesar de conhecermos é de grande importância citá-la:

-Zaqueu após a conversão prometeu a Cristo e certamente cumpriu devolver o que havia roubado e a inda um maior valor.

-Pedro largou tudo e o seguiu.

-E poderíamos citar muitos outros, mas não é necessário sei que já entendemos a diferença entre amar o pecador, mas não o pecado.

Parábola do tesouro e da pérola

O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá escondido e, cheio de alegria, vai vende todos os seus bens e compra aquele campo.

O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor , ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola.

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Os maiores exemplos de ilustração desta parábola sem dúvida é o testemunho dos apóstolos, todos eles deram a vida pelo evangelho, ou ao menos viveram para a divulgação da Boa Nova até a morte natural como foi o caso do apóstolo João.

Jesus era para eles a pérola que todos desejaram e por Ele trocaram tudo que tinham, vamos ouvir Paulo:

Se foi por motivos humanos que, em Éfeso, lutei contra as feras, o que teria ganho com isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos porque amanhã morreremos.

1 Cor. 15,32

Paulo, entusiasmado com Jesus a quem amava e ainda ama, adverte os Coríntios que levam uma vida mundana, não todos, mas muitos ainda permanecem no pecado como se a vida tivesse o fim definitivo na morte.

Ele tinha o desejo de estar com Jesus a quem amava - seu tesouro escondido - mas somente aos olhos humanos, porque os olhos espirituais de Paulo o viam:

Ora, se , continuando na vida corporal, eu posso produzir um trabalho fecundo, então já não sei o que escolher. Estou num grande dilema: por um lado desejo ardentemente partir para estar com Cristo - o que para mim é muito melhor-

Paulo encontrou o grande tesouro, mas ele vai ficar mais um tempo, pois Jesus precisa que ele chegue a Roma, para lá dar testemunho.

No mundo atual muitos se dedicam inteiramente ao evangelho, santos e pecadores, mas todos em busca da pérola e do tesouro escondido, hoje em nossos corações, pois somos templo vivo do Senhor.

Uma questão de grande importância que precisamos frisar, são as afirmações que o mundo faz de que ao rejeitar as ofertas feitas pela sociedade estamos em um estágio de “não viver” para eles o que vale são amores, bebidas, drogas e tudo mais que oferecem. Desdenham da vida cristã, uma vida familiar, de pessoas trabalhadoras que levam a vida a sério, estudam, se divertem sem obrigatoriamente praticar qualquer forma de ação contrária à Palavra do Senhor.

O inimigo ataca a família desde nossos primeiros pais, pois quando ela se divide enfraquece; o casal é forte quando juntos e com os filhos ao seu lado, esse mistério Paulo cita nos versículos:

Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. Este mistério é grande- eu digo isto com referência a Cristo e a Igreja.

Efésios 5, 31-32

Devido a este mistério é que certamente há tatas manobras para desfazer as famílias de Deus; frases lançadas em novelas, super exposição de cenas em horários que temos crianças e adolescentes em casa, filmes, leis aprovadas que deixam o cristão amordaçado e de mãos atadas para agir, exceto no próprio núcleo familiar nas conversas diárias. porque se não agirmos a tendência é se acostumar com a opção do pecado.

Diante de tantas afrontas ao nosso Deus, vamos repetir a frase de Davi quando os filisteus desafiaram a Deus.

Tu vens a mim com espada, lança e dardo, eu, porém vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste!

1 Samuel 17, 45

Hoje temos muitas armas para usar nesta luta espiritual que avança até os dias de hoje e só termina com a derrota da morte, nossa última inimiga.

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;

E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;

Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,...

Efésios 6, 11-18

E estas armas têm de ser utilizadas em especial pelo núcleos familiares que são amplamente atacados, frases lançadas em novelas, filmes, leis aprovadas que deixam o cristão amordaçado e de mãos atadas para a ação.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 27/10/2017
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