Grades

Ventos que cortam a pele

Sinto meu corpo sangrar

Um labirinto de vozes,

Estridentes gritos de horror

Algozes de um mundo sem controle

Sem ar, sem nenhum pudor

Alma que vaga nas multidões,

Gente que mais parece máquina

Elas não mentem, tão pouco têm mentes

Sementes de uma memória arcaica.

Assim segue o perecer,

Que mais parece um suave anoitecer

Sem nenhum parâmetro de qualidade.

As grades podem ser assustadoras,

Mas não há prisão mais assombrosa

Que viver preso na própria liberdade.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 28/10/2017
Reeditado em 28/10/2017
Código do texto: T6155253
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