Vigia da solitude

Além da distância física que existe

Me faço distante mentalmente

Ainda que por vezes eu deslize

Continuo a agir "naturalmente"

Escorrego em falso por instantes

Perante um caminho solitário

Que se mostra a extrema constante

Vou transformando-me em um solene vigário

Sozinho estou, e vou aprendendo a estar

Sem dar importância ao fato de não ter com quem contar

Fico na penumbra do passado e suspendo o presente

Espreito sua vida tentando negar o que se passa em minha mente

Fico feliz por você ter com quem contar

Mas não posso mentir ou omitir a incerteza que vejo em seu olhar

A angústia que toma conta do meu ser ao ver você acompanhada

Sabendo que o buraco que reside em meu peito é nada mais nada menos que a sua morada

E nada nem ninguém pode acalentar

O desejo que possuo de deixar de te amar

Queria ter forças para domar minha vontade

Mas a luz que reside em mim não permitiria tal maldade

Não sou capaz de esquecer o que realmente é o amor

A intensidade do que vivemos vai muito além da dor

Pois ha muito tempo que eu só consigo enxergar

Tudo aquilo que acertamos, em vez de focar no ato de errar.

Henrique Gellerth
Enviado por Henrique Gellerth em 01/11/2017
Código do texto: T6159702
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