Faca no Crânio
Enquanto o tempo muda lentamente
Meu corpo se desintegra
Enquanto minha mente se desfaz em cinzas
Minha alma morre novamente
Eu não entendo o que eles querem
Desapareço no beco da morte. Trêmula.
É tão vazio. Esculpido no calor do fel.
Eu não entendo por que me ferem.
A atitude tão podre das mentes pobres.
Uma violência tão sutil. Que ironia!
Órfãos que definham em busca dos pais
Pais que morrem no próximo trem
Eu não entendo por que eles ferem
Fincam a faca no coração da sociedade
Sorriem ao passo do primeiro cadáver
Comemoram tomando vinho quando querem
Enquanto o mundo agir erroneamente
Meu corpo se desintegra
Enquanto meu cadáver se desfaz em cinzas
Minha esperança morre novamente