Ceticismo místico

Aprendi a rejeitar mais do que aceitar o que não se prova com a segurança, vamos dizer... “científica”, ou seja, que não se abasteça somente de experiências que as artimanhas humanas frequentemente forjam com apreciável grau de persuasão, por razões que se perdem num mar de motivações. Paradoxalmente, reluto em ser o cético que me ronda, pois até os próprios motivos que levam os fundamentalistas de qualquer seguimento a serem o que são neste particular contêm os ingredientes misteriosos que pelo menos faz pensar. Quando a genialidade se distancia do que entendo como um bem gerando pensamentos e ações maiores do que a capacidade humana de respostas é capaz de suportar aí, recorro a alternativa antagônica mística e mais poderosa que relutantemente contesto. Na verdade tendo a imaginar que se houvesse, ainda que em síntese, uma unidade consistente das correntes da maioria das crenças convergindo na mesma direção algo menos disperso indicaria o rumo a ser tomado.