FONTE DE VIDA
Os humanos estão em uma caverna de ignorância e há pouco tempo enxergaram um prisma colorido.
A maior parte dos humanos se encantou com as cores: cores cintilantes alguns viam, outros viram cores primárias, outros secundárias, outros várias tonalidades e nuances e outros apenas preto e branco.
Nesse fascínio pelas cores todos os que as admiravam pareciam flutuar.
Depois também passaram a discutir sobre o que viam e começaram a brigar. Estranharam-se, porque o outro não enxergava como alguns, ao ponto de criar profunda intolerância sobre quem não enxergavam o que.
Em profundo descompasso alguns homens começaram a pisar no solo, esses sábios homens não entendiam o porquê de tanto digladiar.
Quando pisaram em terra firme, ainda dentro de sua caverna, conseguiram ver outra coisa além do prisma: um feixe de luz de uma estrela errante, posta em caos, brilhando como se viesse do lado de fora daquilo tudo.
Era seu feixe pequeno que trazia tantas cores ao prisma e cada um que o olhava pensava enxergar a total verdade.
Não que não existisse verdade em tal prisma, mas que a totalidade ainda aguarda os homens fora dessa caverna.
Poucos viram a luz da verdade e quando viram calaram-se diante de tanta magnitude. Não havia caos como se imaginava, mas o desabrochar perfeito de uma flor que deixamos para trás.