Apartando

Quando uma flor, por mais comum que seja, é acariciada por mãos delicadas, abre-se em pétalas suaves, libera aromas e enfeita até o mais triste jardim...

Quando uma flor, no esplendor da magnitude sente-se florescer, não há vento que despetale sua luta por um lugar ao sol, irradiando felicidade...

Mas se a flor, acuada, fragiliza - com o caule a lhe bambear o equilíbrio - eis o momento de apartar-se do solo infecundo, antes que suas corolas murchem e sequem e, tarde demais, suas sépalas lhe consintam a proteção, junto à vida, aquela que tanto almejou devotar ao mundo...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 06/12/2017
Código do texto: T6191480
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