Desabafo (do Amor)

Tenho pena das pessoas mal-educadas, das pessoas irresponsáveis, e das que se negam a olhar além de seus narizes. Tenho pena das pessoas que esquecem que a vida é efêmera e desperdiçam seu tempo com coisas inúteis. Tenho pena, também, das pessoas que podem ser melhores, mas preferem compactuar com a mediocridade; e daquelas que não percebem que o mundo vai além do pequeno espaço que ocupam. Tenho pena, ainda, das pessoas insensíveis, que não sabem ser solidárias, que nunca olharam dentro das próprias retinas ou tiveram uma boa conversa com Deus. Mas, apesar de tudo, também sei amá-las, porque “[...] que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?”. Drummond estava certo, é para isso que estamos aqui, esta é a nossa missão: amar sem medidas, “amar a nossa falta mesma de amor”, porque, de tudo o que existe, só o Amor permanecerá.

Escrito em 18/08/07.