Ilusão Concreta, Certeza Abstrata
Conhecimento de tudo ou nada
Confiando piamente, com medo de estar enganada
Sensação hórrida, dor discreta
De qualquer forma prejudicada
Alguém a detesta a ponto de mentir
Fingir que se importa com ela a troco de nada, ou tudo
Sendo acordada pelo receio e pela ansiedade de saber a verdade
Escondendo tudo em suas íris escuras e opacas, camuflando na indiferença
Somente o onisciente sabe, aquele capaz de trazer um conforto interior
Graças ao mesmo tem sido mais fácil segurar firme todo esse tempo
Mas não se sabe mais quanto tempo vai aguentar
Todos somos limitados, e nessa dor há diversas razões
O tempo vai passando, e nele se espera o alívio
Assim como as botas apertadas de Brás Cubas, que fazem doer os pés, acentuando o alívio de descalçá-las