O último barco

Acho que não sei mais quem tu és,

nem quem foi um dia,

o canto frio da madrugada,

ecoa pelo dia,

trombetas não nos deixam dormir,

mas isso é normal,

a humanidade sempre caminha,

entre o bem e o mal...

Destinos traçados,

destino cruel,

o mar está bravo,

da cor do céu...

E bem lá no fim,

eu posso ver,

um barco vazio,

esperando por mim e por você...

Não tenha medo,

não se sinta só,

iremos todos ao mesmo lugar,

quando tudo isso acabar...

Não há âncora,

nem bote salva-vidas

nosso destino é o acaso,

e estamos a deriva...

Milquer Caldeira
Enviado por Milquer Caldeira em 23/12/2017
Código do texto: T6206823
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