Amar de verdade

Não há mais nada a dizer sobre o amor, pelo menos até que eu o experimente. Houve quase amores, lagrimas e beijos. Todos inventados, idealizados, muito bem cultivados para caber em poesias.

Houveram paixões que por hora me tiraram o fôlego, e por fim acabaram tragicamente, e esses finais me renderam as melhores poesias.

Não há mais o que inventar, já chorei todos os tipos de decepções e sorri bons momentos, todos os desabafos amorosos viraram ótimas rimas no papel.

Hoje não me resta animação para romances inventados, a curiosidade por experimentar essa rara verdade chamada amor alimenta minha ansiedade por algo menos fantasioso, mas depois de anos cultivando minha criatividade em adaptar potenciais fracassos em amores extremamente profundos me pego em duvida sobre o que é real e o que minha habilidade de criar produz.

Espero que o amor verdadeiro seja mais racional e calmo, mesmo eu tendo um fraco por amores dramáticos me sinto inclinada a conhecer algo que abale todos os meus muros mas me mantenha em pé, algo menos egoísta e mais duradouro, talvez eterno. Sei que minhas expectativas são altas, mas nunca esperei menos do que o melhor.

Que venha o que é real e verdadeiro, que me acalme e me faça crescer, que me faça uma pessoa melhor e não me torture com altos e baixos todos os dias.

Hoje deixo de adaptar amores para caber em minhas comedias românticas, e me permito esperar por algo inteiro, algo que não vivi, estou pronta para amar.

feliz ano novo.