Era pra ser um Rap

Sufoca, arranca do peito a tua integridade às unhas.

E se perder já virou rotina, convivência falida para minha existência.

Tudo ao mesmo tempo, já acostumei a me trancar, parar e gritar em silêncio me privar. Tentando entender a caminhada, a luta sagrada, diária que estraçalha quem não mete a cara.

Eu sangro, e virou sinônimo de mim sangrar. Mas meu sangue se mistura e se confundir as lágrimas, ninguém vê ... Só "repara".

Agora entendo o quanto não adianta NADA, sorrir e falar querer representar o que vem de dentro para você, que não se importa com a tua própria jornada. Jogando tua essência aos poucos fora, a cada vômito diário, a cada garrafa virada, a cada música ouvida que nem de TU FALA !!!

Eu queria que as bombas estourassem, e respingassem como boda de vela quente nos pés de cada gente, pra que se movessem nesse mar de merda, pra que submergisem e por fim esquecessem a trégua que deram ao sofrimento.

Eu não petrifico minha mente, as vezes até parece que ela é a gente, dentro de mim sem nenhum comando. Me sinto coisa, sem descrição ou coração. Me sinto coração arrancado do peito com as mãos. Me sinto solidão dos gritos sufocados. Me sinto compaixão para querer acordar todos os dias ao teu lado. Eu sinto tua mão, então todo o terror é calado.