Versos lentos
Tenho observado ao canto de minha sala de trabalho, em meio a tantos papeis, alguns em especial: são alguns versos que, lentamente venho datilografando! Sim, datilografando em meio às demais tecnologias ditas tão avançadas! Na vagarosidade com que venho escrevendo "As paisagens e o Poeta: um livro para espíritos livres, humanos, sensíveis", tenho refletido sobre a ação de datilografar ou mesmo escrever à mão um poema, um comentário, uma crônica! Cada palavra me sai pensada e impressa por meus dedos em um tempo que não existe mais, porém faço questão de me cercar destas coisas: um caderno de anotações Moleskine, companheiro de viagens e reuniões tediosas; minha bico de pena e meu nanquim que às vezes acompanham alguma baforada de cachimbo; minha máquina de escrever; minhas agendas de anos anteriores (que há mais de 10 anos coleciono, somando diversos momentos de minha vida!). Sou, de fato, um homem (que sobrevive ao) no tempo!