Entre luz e trevas
Na calada da noite e no raiar da alvorada
No silencio da morte e no inicio da jornada
A certeza bendita do amanhã à chegar
O poder magnânimo da luz do luar
Outra vez duvidando do caminho a passar
Enquanto sozinho e iludido da asas ao pensar
Se dedica solenemente à vida traçada
Sabendo do infinito poder da palavra
Sem sorte ou azar continua a vagar
Por uma trilha que mostra armadilhas ao olhar
A vida se extingue no passar de segundos
A distância pertinente de corações moribundos
Uma existência digna do poder da lembrança
O vil e sutil perfume da ignorância
A mente prega o truque da saudade
O coração sangra devido a adaga da verdade
Sem vontade de possuir a luz da bondade
Devido a uma vida repleta de maldade
O homem segue deturpando a mente alheia
Sem medo ou arrependimento do que o rodeia
Um dia o carma voltará a visitar
Fazendo lágrimas caírem, trazendo tristeza ao olhar
Pois a maldade realizada na vida terrena
Esta fadada a acompanhar a alma na jornada suprema
Procurando o perdão e pedindo ajuda
O destino se mostra uma grande fechadura
Sem o alcance da chave correta para abri-la
Se despede da esperança em um beco sem saída
Ó alma inquieta que almeja crescimento
Se puder interpreta este humilde pensamento
Busca em si a luz para sair do abismo
Reza e se conduz ao caminho do juízo
Saiba que a escuridão não é uma verdade eterna
Pois a fagulha da fé pode iluminar as mais densas trevas
Não se julgue incólume, não seja um refém
Faça o bem e o bem lhe abraçará também