Entre luz e trevas

Na calada da noite e no raiar da alvorada

No silencio da morte e no inicio da jornada

A certeza bendita do amanhã à chegar

O poder magnânimo da luz do luar

Outra vez duvidando do caminho a passar

Enquanto sozinho e iludido da asas ao pensar

Se dedica solenemente à vida traçada

Sabendo do infinito poder da palavra

Sem sorte ou azar continua a vagar

Por uma trilha que mostra armadilhas ao olhar

A vida se extingue no passar de segundos

A distância pertinente de corações moribundos

Uma existência digna do poder da lembrança

O vil e sutil perfume da ignorância

A mente prega o truque da saudade

O coração sangra devido a adaga da verdade

Sem vontade de possuir a luz da bondade

Devido a uma vida repleta de maldade

O homem segue deturpando a mente alheia

Sem medo ou arrependimento do que o rodeia

Um dia o carma voltará a visitar

Fazendo lágrimas caírem, trazendo tristeza ao olhar

Pois a maldade realizada na vida terrena

Esta fadada a acompanhar a alma na jornada suprema

Procurando o perdão e pedindo ajuda

O destino se mostra uma grande fechadura

Sem o alcance da chave correta para abri-la

Se despede da esperança em um beco sem saída

Ó alma inquieta que almeja crescimento

Se puder interpreta este humilde pensamento

Busca em si a luz para sair do abismo

Reza e se conduz ao caminho do juízo

Saiba que a escuridão não é uma verdade eterna

Pois a fagulha da fé pode iluminar as mais densas trevas

Não se julgue incólume, não seja um refém

Faça o bem e o bem lhe abraçará também

Henrique Gellerth
Enviado por Henrique Gellerth em 10/03/2018
Reeditado em 10/03/2018
Código do texto: T6276190
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