EQUÍVOCOS RACIONAIS

No desenvolvimento evolutivo da Geração Cósmica, o Ser Humano alcança o seu apogeu na condição de Homo Habilis, deixando atrás de si o rastro do grande progresso nos seus conhecimentos racionais, ainda que, por falta de sabedoria, essa evolução ocasione a degradação ambiental do seu habitat, e não resolva a questão dos conflitos entre as nações, pois os conhecimentos são mal utilizados. Além disso, mesmo com todos os seus avanços, o Homo Habilis não consegue entender o mecanismo de todo o conjunto natural que o rodeia, nem sequer saber quem ele é, de onde veio e para onde vai, assim como a origem e o destino de todo o conjunto onde está inserido.

O Homo Habilis é uma pequena “usina” de Energia, que se subdivide em três fontes ou mananciais: a energia da sua própria Natureza, que o orienta no suprimento das suas necessidades vitais, assim como nos caprichos da satisfação das suas opções voluntárias, que têm origem nas suas preferências pessoais, sem a interferência emocional da distinção pelo ângulo de uma avaliação da ação moral e ética. Essa interferência emocional está sujeita aos efeitos do Amor, da Cobiça, da Inveja, do Orgulho e do Ódio, cujos atributos estão inseridos na “usina energética”. O segundo manancial é a energia do Amor, que direciona o Homo Habilis a se conduzir com rigor, em todas as circunstâncias, de acordo com os valores éticos e morais. O terceiro manancial é a energia mesclada pelos outros quatro atributos: Cobiça, Inveja, Orgulho e Ódio, que podem ser utilizadas em conjunto ou separadamente pelo Homo Habilis, para satisfazer os seus interesses escusos, ou contrários às regras éticas e morais, e que são reconhecidas por ele.

No campo da racionalidade objetiva, o Homo Habilis tem mais facilidade para avaliar todas as circunstâncias e fazer as suas opções, quanto aos métodos que serão empregados para atingir as finalidades da sua vontade, cujas opções, sejam quais forem, estarão sempre submetidas a este ou aquele atributo, dentre os acima mencionados. Essa facilidade também é obtida pelos observadores da conduta individual desse Homo Habilis, quanto à identificação dos atributos que foram empregados nas ações, e mesmo a astúcia do Homo Habilis não consegue esconder as suas reais intenções.

Nos domínios da racionalidade subjetiva, onde ingressamos no profundo e nebuloso terreno das ideias, de quaisquer naturezas, entretanto, as coisas ficam mais complicadas, pois nesse campo atuam os exímios sofistas, mestres na prestidigitação com as palavras, na subversão do seu sentido literal, na utilização conveniente das histórias, fábulas, genealogias, parábolas e metáforas, misturando-as com solenidades e rituais, imagens e objetos simbólicos, construindo tradições e relíquias no curso de longos períodos de mistificação, cujo contexto acaba envolvendo com facilidade as ingênuas vítimas do engodo, que se transformam em simples objeto de comércio (II Pedro 2;3), e outros, melhor intelectualizados, que também são enganados, pois não conseguem perceber que as denominações teológicas são produtos da própria racionalidade, e se tornam severos críticos, infelizmente, do verdadeiro Cristianismo, que nada tem a ver com esse imbróglio.

Os Profetas primitivos, efetivamente orientados pelos seus insights espirituais, nunca fundaram nenhuma instituição supostamente religiosa, nem construíram luxuosos templos para adoração de imagens humanas ou objetos. Também não instituíram solenidades, rituais e encenações teatrais, e nenhum deles se enriqueceu às custas da sua atuação verdadeiramente espiritual.

Com relação ao enorme contingente de ingênuas ovelhas, que confere poder financeiro e político às denominações teológicas, chamadas equivocadamente de religiões, nada se pode fazer. Mas aos críticos dessas “religiões”, que na sua confusão não conseguem compreender que elas são produtos da racionalidade, e criticam e emitem blasfêmias sobre o verdadeiro Cristianismo, recomenda-se analisar os textos abaixo.

Efésios 2;8,9 – Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.

Hebreus 5;12,13 – De fato, embora vós já deveríeis ser mestres agora, ainda precisais que alguém vos ensine de novo os princípios elementares da palavra de Deus, sendo que vos tornastes necessitados de leite, e não de alimento sólido. Qualquer pessoa que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança.

Colossenses 2;16,17,22 – Assim, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas que haveriam de vir; mas a realidade é Cristo. Todas essas coisas vão desaparecer com o uso, pois são preceitos e doutrinas dos homens.

Gálatas 4;9,10,11 – Agora, porém, que já conheceis a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Ele, como podeis voltar para esses princípios elementares, fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, meses, tempos e anos. Temo que eu talvez tenha trabalhado inutilmente para convosco.

I Timóteo 4;1,2,3 – O Espírito afirma expressamente que nos últimos tempos alguns se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, sob a influência da hipocrisia de homens mentirosos, que têm a consciência insensível. Eles proíbem o casamento e ordenam a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fieis e que conhecem bem a verdade.

Mateus 23;13,14,15 – Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; nem entrais, nem permitis entrar aos que entrariam. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas, fazendo, para disfarçar, longas orações; por isso recebereis uma condenação muito maior. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.

O desperdício de tempo e do intelecto nas artimanhas dos supermercados da fé, (as denominações teológicas), é muito mais inútil do que o desperdício desses preciosos elementos com as fábulas, genealogias e histórias infantis, que em conjunto com o sentido literal das palavras, formam o “véu de Moisés”, que retém e envolve as crianças espirituais, impedindo-as de alcançar a Graça de Jesus Cristo. (II Coríntios 3;13 a 16)

Atos 17;30 – Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 12/03/2018
Reeditado em 13/03/2018
Código do texto: T6277610
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