O colecionador.

Anjos caminhavam livremente pelas ruas da cidade, cantarolando alguma música mentalmente. Eles caminhavam em estado de paz, de comunhão com a divindade que os escolhera para missões ainda não descobertas.

Os dias eram leves, e todo final de tarde ás centelhas do sol banhavam seus pequenos rostos infantis.

Havia um colecionador, ele andava pelo lado escuro da cidade, mas quando sentia fome ele esticava a sua caminhada até os pontos de luz.

Nos pontos de luz sempre haviam anjos que acreditavam que toda alma poderia ser salva.

O colecionador avistou um anjo lindo, cabelos pretos e olhos de felina. Ele se aproximou, contou sua triste história e o anjo comovido decidiu que traria aquele homem de volta a luz.

O anjo o ajudou com a sua mente tempestuosa. O fez reatar velhos e importantes laços.

Este anjo pulou inúmeras vezes no fundo do poço para resgata-lo.

Quando tudo parecia bem, quando a luz brilhava forte mais uma vez, o anjo teve suas asas cortadas. Sim, pelo colecionador de asas.

Quanto mais luz maiores as asas ficavam e mais a ambição do colecionador crescia. Ele as amputou sem do, pena, ou remorso.

A luz se apagou e ele voltou para a escuridão a qual pertencia. E quando tudo parecia ter se acalmado ele encontrou outro anjo e desejou imediatamente aquele novo par de asas... E conseguiu.

Texto de Cristina Moraes

@cristinadmoraes

Cristinna Moraes
Enviado por Cristinna Moraes em 14/03/2018
Reeditado em 05/08/2019
Código do texto: T6280084
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