De Oswald para Mutagambi

Depois que inventaram os gringos inventaram as mídias e venderam para as províncias, o país inteiro, todo mundo é ativista dos Direitos (dez)Humanos, de Linkedin; reacionário contra o Poder, poeta e escritor de frases prontas de autoajuda no sapp; facebook; twieter; Recanto das Letras e outros. Como disse Oswald de Andrade: "A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico".

Tal frase foi escrita numa época que a mente tinha seu real valor de pensamento e inteligência, se exercitava as mãos e os dedos; e a pena deslizava suave seus descontentamentos sobre uma folha de papel em branco. Atualmente, as formalidades e conformismos assassinaram os ignorantes e imbecis escribas; sobrando, portanto, os gênios poetas e doutos escritores.

Tomando-me como exemplo, na minha família, quem mais estudou, fuçou bibliotecas, pesquisou desenfreadamente, aspirava mofo e possuía uma biblioteca com mais de 1500 exemplares de livros de assuntos variados lidos, fui eu; e se assim o fiz, foi mais por mero conhecimento, evolução cultural e progresso intelectual, porém, fui facilmente devorado pelos meus irmãos, primos, avós, tios e demais da família, que em verdade, não leram mais que dois livros. Aliás, nem mesmo os de formação específica. Pura genialidade familiar, que jamais imaginava e sabia.

De fadado ao desaparecimento, esse país tem futuro, afinal, se há escritores, é por que há leitores. E em tempo hábil, a intelectualidade, a refinada cultura e a Literatura brasileira sairão do anonimato, para angariar um, apenas um Prêmio Nobel.

Plateia, em pé por favor e aplausos, assovios e mais aplausos para a revolução cultural literária, intelectual e tecnológica implanta em menos de 20 anos no Brasil!

P.S.: Saliento que não apoio direitos humanos, nenhum tipo de intolerância e ódio. Não sou esquerda, nem direita, nem meio, nem centro, nem ponta. Aliás, não sou nada e honestamente, nunca quis ser. Se sou alguma coisa, até por conviver passivamente com o lupanar brasileiro, considere-me incompetente. Não sigo tendências ou ideologias alheias. Aprendi a usar meu livre direito de escolha. Defendo tudo que me convém desde que esteja de acordo com meus princípios.

Também não sou partidário a esse, ou aquele, - a priori, com minha carta magna que é meu voto, FdP nenhum, corno nenhum, santo nenhum fará milagres com meu chapéu, miserável e vagabundo nenhum terá oportunidade de esnobar suas manias de grandeza - mas analiso a liderança que domina o Partido. Em razão desta minha visão, pergunto: quem foi o Partido populista, traidor dos traidores do movimento, clientelista, cujo líder enganador e engodista, investidor em Cuba e Venezuela (o resultado está na invasão e saqueamento que estão fazendo no Noroeste do país) deleitava-se em apresentar ao mundo os números matemáticos, pois mais viajava que presidia, em vez de qualidade no ensino, educação familiar respeitosa, IDH elevado (não sabe? Índice de Desenvolvimento Humano. Medindo a evolução de um país, usa a Educação continuada, longevidade e Economia como fatores de estudo e pesquisa) Cultura refinada, intelectualidade e inovação tecnológica aplicada de seus fieis, cegos e surdos eleitores?

Atualmente, só os cátedras do ensino não sabem, mas até os anos de 1990, enquanto os europeus liam de 10 à 12 livros por ano, o brasileiro lia, pasmem, um livro e meio. É estatístico e suponho que o MEC, comandado pelo economista Mercadante, senhor que também foi Ministro de Ciência e Tecnologia (um fulano que não economiza nem a queima do gás do fogão de sua casa, o que sabia sobre o uso correto dos recursos e a aplicação tecnológica dos mesmos?) o sociólogo e discípulo de Marx, Haddad, respectivamente, devia saber desse número vexatório. Ratifico: um livro de meio. O que ninguém sabe, é quantas páginas possuem os livros pelos doutos dos dias de hoje!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 18/03/2018
Reeditado em 18/03/2018
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