Porta Fechada

No corredor comprido ela se impõe.

Lisa, sem brilho ou qualquer indicação.

Além dela, nada se sabe.

Um dia de sol, muitas noites de frio?

Quem sabe outros tantos amigos,

Talvez apenas a solidão.

Uma porta qualquer.

Branca e sem decisão.

O fim do passado, o começo de algo

Uma grande interrogação?

Não sei.

O corredor é tão frio quanto ela.

Conduz a nada, a lugar algum.

Penso nas imensas janelas de vidro que como muralhas

Mostram tantos outros caminhos.

Basta enxergar,

Mudar esta cor dos olhos.

Mas a porta, a maldita...

Insiste na pergunta.

Nada de novo até agora.

Há dois céus azuis lá fora. Um de cada lado.

E o começo de uma nova estação.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 23/03/2018
Código do texto: T6288279
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