Reflexões cotidianas

De vez em quando me deparo questionando aonde está a compaixão? Aonde está a tolerância? Aonde está o respeito? Vejo pessoas xingando, perdendo a paciência, pessoas praticando atitudes racistas, xenofóbicas, homofóbicas, preconceituosas e pré-conceituosas.

Pessoas se matando, se acusando, se machucando, tentando passar por cima umas das outras. Pessoas disseminando o ódio, a mentira, a discórdia, a violência.

E não me refiro apenas ao Brasil, mas também em uma época em que coexiste o pró Trump, o pró Putin e o pró Kim Jung Woon e tantos outros...

Muitas vezes me pergunto se é a liberdade é tanta, se o aval é tão extenso que já perdemos a noção da linha que separa o meu direito da do terceiro.

Será que tudo isso já existia na era da desinformação ou será que o caos que estamos presenciando é fruto de uma crise, não só financeira, mas do íntimo, de identidade? Será que o individualismo fora por tanto tempo exaltado que atualmente perdemos o controle desse princípio a ponto de perder completamente a noção de comunidade? De que vivemos todos juntos?

Será que só porque temos um acesso mais fácil às notícias e o que ocorre no mundo dia a dia é que tudo isso se torna mais visível e escancarado?

Aonde foi parar nossa humanidade? Já se passou o tempo do Hitler, do Mussolini, do Collor, do Nixon e mesmo assim a história se repete. Na Síria, na África, em todo o lugar. Até onde podemos dizer que a lição foi aprendida? Até onde o passado vai deixar de ser meramente uma matéria ensinada nas aulas de história pra poder passar no cursinho, mas refletido, pensado e questionado?

Quero mais tranquilidade, leveza, humildade. Quero mais sensatez, mais educação, mais coletivo. Quero mais alegria, amor, cuidado, união. Não quero mais extrema direita ou extrema esquerda, quero mais equilíbrio, quero mais centralidade.

Quero dias melhores.

Gabriella Tomasi
Enviado por Gabriella Tomasi em 23/03/2018
Reeditado em 23/03/2018
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