Mulheres

Mulheres fragilizadas que fazem novas receitas para viver bem

Que no seu corpo armazena um novo universo

Com novos propósitos que mudará a vida de alguém

A mulher cheia de beleza que com sua gentileza cuida dos filhos da hora que acorda até a hora de ninar

A que coloca a roupa na máquina e desfila pela sua casa com roupa de curtir

Pois a noite é preta e maravilhosa, parafraseando Sapiência.

Tome ciência, sente como quiser.

Toda tendenciosa esbanjando sua boca carnuda e a malemolência na cintura

Mulheres que estendem as mãos a outras mulheres, as donas de casa, são donas do mundo

Sempre mudo de opinião com a chegada de uma delas

Que atravessaram com seus pés descalços do pelourinho até a sala de estar

segurando bandeja sem receber gentileza

adentram a cozinha e vão para a senzala que lá é o seu lugar

Veja a elegância da preta, que sabe qual tempero colherá

Veja a elegância da parda, que fala orgulho ter

Veja a elegância da branca com seu ar blasé

Veja a mulher, mãe solteira que carrega teus 3 filhos

De pais desconhecidos por vocês

Veja o brilho dos guris que brincam com sua tia, sem ter noção do que é homofobia

Mulheres nos campos, nos ares, nas boates

Mulheres nas telas pinceladas

Mulheres cantadas

Mulheres palavreadas

Mulheres sentadas na sala de estar

Recebendo outra dose de Whisky antes da refeição

Mulheres crochês

Mulheres crush´s

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 26/03/2018
Reeditado em 12/05/2018
Código do texto: T6290836
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