O vento, limites e a dança das cadeiras.

Passageira que sou

E sentindo meu limite querendo se expandir

Vi o limite de tudo

Da montanha que pousa como se não quisesse o céu

O Véu como se não quisesse jogar-se no mar

Que chega manso ou tantas outras vezes afoito na terra, mas volta

Porque não pode ultrapassar

Assim como a velocidade nos asfaltos.

Suas multas e o meio fio

O meio termo

O limite natural

O contrato verbal

O hábito do intelectual, que tudo torna cult

Mas só pode ir até ali

Não sei o que fazer com essa caixa de giz e este

Violão

Quando ele ultrapassa, um desastre natural acontece

Limita-se e adoece

O vento, seja forte ou leve, sempre de passagem muda delicadamente tudo

Sem que percebamos

Trocamos de lugar, invertemos os papeis.

Estamos na dança das cadeiras

Alguém puxa para sentar

Depois nós que puxamos

Não existe limite

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 09/04/2018
Reeditado em 28/03/2019
Código do texto: T6303460
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