Sozinhos?

Por todos os caminhos que ousamos,

estamos realmente sozinhos?

Pelas flores e seus espinhos que colhemos,

semeamos tudo sozinhos?

As lágrimas que derramamos

em lençóis de trapo ou linho

secamo-las absolutamente sozinhos?

Nos cadinhos que misturamos nossa alquimia,

nas amarguras do dia-a-dia,

nos sorrisos involuntários

ao escrevermos nas páginas de nosso diário...

Será que estamos sozinhos?

Mauro Gouvêa