Pináculo

A varanda vazia e inerte
As negras camisas dos uniformes
Estendidas são nos varais
Devem ter ido em busca da ceia
As suas toadas expressam algo
Incomodados estão os canários
Procuro ao derredor o motivo
Causando-os tanta aflição
Com certeza os chopins
Com a suas incômodas presenças
Estão alvoroçando meus queridos
Tomo posse de uma vassoura
E corro a espantá-los
O sabiá escrupulosamente
Ciscando lá no quintal
Repentinamente surge um frescor
Com uma brisa tocando minha face
No pináculo da claridade
Apenas sua esfinge e silêncio

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 21/04/2018
Reeditado em 21/04/2018
Código do texto: T6315048
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