Imperfeito das Palavras
Sentado em frente à velha mesa de madeira, sobre a qual repousa fumegante xícara de café, admiro em silêncio a cena vespertina. No ocaso que chega uma vez mais, Percebo!
Sabiás, corruíras e bem-te-vis são instrumentos melódicos deste Pertencer, num transbordar de Vida que busco fazer palavras. Tudo se faz todavia incompleto, uma vez ao alcance do olhar. A árvore do terreno ao lado, a leve brisa que sopra, o ronco dos veículos, o zunir dos insetos! Sou a tudo possível, nem ruim nem bom, mecânico ou natural.
Como não ser todo Paz? Como não amar incondicionalmente?
Percebo agora que as brumas do tempo já se dissiparam. Sou a luz e também a sombra, unidos num mavioso amplexo!
Vai passarinho, voa!
Ciclos num momentâneo ser, imersos no Ser de momentâneos ciclos.