Imperfeito das Palavras

Sentado em frente à velha mesa de madeira, sobre a qual repousa fumegante xícara de café, admiro em silêncio a cena vespertina. No ocaso que chega uma vez mais, Percebo!

Sabiás, corruíras e bem-te-vis são instrumentos melódicos deste Pertencer, num transbordar de Vida que busco fazer palavras. Tudo se faz todavia incompleto, uma vez ao alcance do olhar. A árvore do terreno ao lado, a leve brisa que sopra, o ronco dos veículos, o zunir dos insetos! Sou a tudo possível, nem ruim nem bom, mecânico ou natural.

Como não ser todo Paz? Como não amar incondicionalmente?

Percebo agora que as brumas do tempo já se dissiparam. Sou a luz e também a sombra, unidos num mavioso amplexo!

Vai passarinho, voa!

Ciclos num momentâneo ser, imersos no Ser de momentâneos ciclos.

alexandre curcino
Enviado por alexandre curcino em 24/04/2018
Reeditado em 14/02/2020
Código do texto: T6318258
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