Rimas sem rumo
Plantas bonitas? Avencas.
Salafrários?
Conheço vários.
Conheço-os deveras
Às pencas.
Uns residem em taperas
Outros moram em mansões
Sendo todos uns ladrões.
Flores belas? Hibiscos.
Conselhos?
Meros espelhos
De graça oferecidos
Justamente por seus riscos.
Muitos sujeitos sofridos
Não os querem nem de graça:
Nomes imundos na praça.
Mulheres lindas? Indianas.
São morenas
De orelhas pequenas
Pés delicados, perfeitos.
Moças bacanas
De olhos como confeitos
Destilando meigos intentos.
Mas são cúpidos instrumentos.