tempus fugit

As mudanças que ocorrem na maneira de ver o mundo alteram a velocidade do tempo. Deve ser uma nova lei físico-antroposófica que ainda está por vir, em consequência da qual a beleza recente pode ir prá Taprobana por mares nunca dantes navegados...(Et saepe ridentis vera dissimus)...como vem acontecendo. Por corolário, como nem tudo é só bom ou só belo, e, por postulado, nem bom e nem mal, o tempo que já é relativo, na nova lei, continuará a ser, como já é, uma abstração intuitiva. Mutatis mutandis, tudo só é como é, mas, no advir, também pode deixar de ser. Como consequência, o belo e o bom são duradouros, e o mal nem bem passou, já foi enterrado nas calendas. Daí, o bem é complacente enquanto o mal, esquecido tão rapidamente, é empedernido, tenaz e ressurgente...e com o bem sempre se imbrica, como todos, todos os dedos da mão. E me pergunto: como continuará a sobreviver aquela grande parte da Humanidade que perdeu o bonde da História e que não encontra lugar onde se encaixar em uma sociedade que se sofisticou tecnologicamente e está a exigir qualificação, desenvolvimento e competência? Se viver é um imperativo, como sobreviverá?...Em seu próprio habitat, o homem é o animal mais dependente. O processo de socialização o escravizou. Só, o homem não sobrevive...e é um Ser Social.