CRER E VER

E foi no meio daquela batalha
com pipocos de memórias estalando no firmamento
entre o voo absurdo de mil lamentos
que veio o ser alado
na forma de uma dama oriental
esbranquiçada desde o fundo da alma
à aparência fluida dos trajes esvoaçanates
que parecia mais um sopro que algo existente
dizer-me em em meio aos tiroteios da mente:

CREIA e VERÁ.

E, assim como veio,
partiu para o fundo
de outro sonho
deixando-me lá,
em meio ao nada
e o lugar algum
para que retornasse a
esse mundo e guardasse
no fundo
o peso insustentável
de mais esse enigma...