alinhavo

alinhavo de amor

nesta vida pela qual alinhavo

cismas, tertúlias e agravos,

à espera como escravo,

dando-me à heroico-bravo.

amor-apaixonado, escravidão,

apaixonado-amor, flor em botão.

nessa ilusão, como amar então?

a mansuetude me invade

em desesperada atitude.

o sentimento me expande

ainda que me mexendo,

e nada entendendo,

tampouco, ande.

o pensamento me ilude.

gotejar melífluo e amiúde.

na trama dessa entretela

linda imagem vem à tela.

o desespero me interpela:

sobre este amor tão grande.

outra vez a paixão me invade.

posso amar sem ser amado,

é o verso do verdadeiro lado.

versejado, verso apaixonado.

inverso dum amor atraiçoado.

amor, sentimento intrincado.

por mim, Ele foi: crucificado,

por Ele, também fui perdoado.

Ele - Amor estão misturados.

aqui começa o alinhavo

pra ficar bem costurado.

por ele nasci deste lado.

às vezes atormentado

procuro-O no escuro,

quiçá, por ele seja achado

enferrujado atrás dum muro

escondido de algum apuro.

achado pelo meu pecado,

ai estarei bem apurado,

pelas obras assegurado.

vou amando sem saber

sobre o amor sabedoria,

sem nada dele entender.

saber, como eu gostaria.

como sou ignorante...

quem pode explicar o amor?

Jbcampos

jbcampos
Enviado por jbcampos em 31/05/2018
Reeditado em 01/06/2018
Código do texto: T6351661
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