Disfunção

A poeira está para o redemoinho, como a poesia está para o vórtice murmurante que esvai-se no horizonte. Descreva-a em estrofes, rime-a em versos, disserte-a em prosa e reme o barco a Remo, pertencente a Rômulo, irmãos gêmeos que nasceram, mamaram numa loba, juntaram-se com o anarquista Nero e declararam amor, tocando fogo em Roma.

Apenas o Vaticano ficou fora do incêndio, afinal, seus integrantes queimavam, riscavam fogo, incineravam àqueles que não pensavam como seus crentes e devotos. Queima em duplicidade é tanta incineração, que faltaria bombeiros para dispersá-lo.

Historicamente, os três: Remo, Rômulo, juntamente com Nero, fizeram e entraram para a história mundial. Pena os tempos serem outros e suas nacionalidades serem italianas, pois se fossem brasileiros, teriam muito o que fazer no Brasil, mais exatamente no Senado e Palácio do Jaburu.

Já que o sistema democrático de governança brasileiro não permite, proíbe aos revolucionários, revolucionar, consultando as cartas, fiquei sabendo que dificilmente o Brasil deixará de ser o que é: uma província composta por ratos, piratas e corsários. Ensino de história lá, só de um ex-presidente que foi parar na cadeia por corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento relâmpago. Os santos brasileiros cochilaram, a oferenda sumiu; porém, estão nas manchetes dos jornais do mundo todo.