Adeus Próprio
E todo mundo que converso é tipo "Oh, você precisa sair mais!”.
Bem, obrigado pelo óbvio. Ignore a parte na qual o desafio é não se sentir desesperado e solitário em meio à multidão.
E sempre que consigo chegar um pouco mais próximo, a um passo daquilo que eu achava que deveria alcançar, percebo que algumas vezes você deve se desapegar.
Você diz adeus a si mesmo. A despedida se repete.
E quase me perco em meio a algumas palavras, sem estar preocupado com a ordem ou sentido.
Uma cidade calada, moldada em minha mente, paralela à rotina, onde nada cessa e só existe eu e você. É uma tortura auto reconfortante.
Anseio por isso em minhas veias, como a fórmula de manter-se apegado a vida. Ou à dor de viver. A dor da perda, a convivência com a falha.
Porque algumas vezes você diz adeus a si mesmo, de novo e sempre.