Pensamentos

“Imerso em meu próprio sofrimento, refém de meus pesadelos; Descrente na esperança, crente em minhas retóricas, disposto a morrer, mesmo sem entender a vida; Quem não entende a vida, jamais compreenderá a MORTE.”

E lá estava eu, ou o que havia sobrado de mim. Sentado em um canto qualquer do recinto, ressentido por inúmeras farpas que o destino, ou a vida, haviam me ofertado diariamente.

Já era dia e eu ainda me escondia de meus próprios pensamentos. Eles eram fantasmas que sussurravam verdades, por mais que eu não as aceitasse, por mais que elas fossem cruéis e cruas demais.

A noite já não me era suficiente para suprir meus anseios, minhas abstinências; os pesadelos eram reais em demasia e a falta de resistência por minha parte já era mais que visível. Era palpável.

Tormentas de sonhos estilhaçados me dilaceravam como pequenos e cortantes cacos de vidro. Meu eu interno era apenas uma criança.