Amizade

Há amigos que se distanciam pela sina da vida, pelos caminhos tomados, pelo plano traçado por Deus. Assim, existem aqueles cuja vida em sua trajetória impar, se afastam de tal forma, que parece nunca mais encontrá-los; ficando uma pequena imagem no subconsciente, o pavio da vela que ainda em pequenas chamas alimenta o reencontro. Por outro lado, há amigos que distanciam mesmo estando próximo, sem motivo nenhum estão a li do seu lado, mas estão distantes. Já, existem aqueles que cortam fronteiras, aventuram-se, arriscam tudo, e quase apagam-se de sua vida, mas que de repente, surgem, e surgem repletos de forças positivas, motivando, alegrando e mostrando que valeu a pena arriscar. Existem amigos relâmpagos vão e voltam como tempestades, sempre estão por perto, e dali a pouco, somem e aparecem novamente, dão ares de estarem brincando de esconde-esconde. Há amigos que vivem a seu lado o tempo todo, são sombras; você briga, discute e ama, planeja, sofre, perde e ganha, a estes chamamos de esposo e esposa. Existem aqueles que realmente nunca mais aparecerão em nosso caminho, determinação do Pai, mas valerão as lembranças.

Amigos são assim, aparecem em nossas vidas e deixam suas marcas, e uma vez marcado, nada o arrancará, sempre estarão ali, num cantinho que seja, mas estarão ali. Há o amigo de infância que cortam o tempo vence as horas e quebram paradigmas, também os que surgem na ocasião, e são de extraordinário valor. Os de trabalhos, extremamente importantes, pois estarão grande parte da vida, ali lado a lado, compartilhado acertos e erros, vitórias e decepções, esses são os que ajudarão a construir castelos ou derrubá-los. Há amigos que ficam muito tempo sem se ver, quando se encontram, fazem festa, abraçam, dão tapas nas costas, rola a emoção pelo simples fato de serem amigos.

Certo é que 70, 80, 90 anos de idade são pouco demais para esquecer a beira do caminho aquele que de alguma forma marcou ou passou por seus caminhos. Supervalorizá-los não é exagero é reconhecimento, pois, chegam de forma especial, sorrirem, alegram-se, divertem-se, fazem folias, e choram. Eram crianças, dali a pouco estão jovens... adultos... e, antes do compasso das horas, estão na velhice. O cabelo, a calvície, os tanquinhos, a barriga, a voz forte, agora rouca, quase irreconhecíveis, porém uma joia; como o conhecimento está para mente, o amigo está para o coração

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 04/07/2018
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