AMOR E EDUCAÇÃO: DUAS LÍNGUAS UNIVERSAIS QUE RESGATAM DESTINOS

Pensamento analógico

A imprensa informa que um dos meninos que foram resgatados da caverna da Tailândia é de Myamar, refugiado da perene tragédia humanitária daquela região para estudar e para ali tentar uma vida melhor.

Todavia, era o único que conseguia se comunicar, na língua inglesa, com as equipes internacionais de salvamento.

O fato também chama a atenção para a importância da educação em vários aspectos da vida, inclusive durante tragédias.

Lembrei, sem intenção de dramas, das crianças do Brasil.

Às vezes, não incomumente, não conseguem se comunicar nem na língua pátria, em situações rotineiras do dia -a -dia.

Essa constatação é fácil de ser feita por quem conhece o drama das nossas crianças que estão logo ali, ao atravessar das ruas, malabaristas dos faróis pelos circos montados pela nossa história, sem chance de vida de mínima dignidade, invisíveis pelos caminhos da corrupção que leva tudo de todos.

A língua é soberana na evolução social.

Ela é identidade dum povo e instrumento do direito natural à dignidade humana: o da comunicação.

Afora o que vem depois: o amor compromissado com o nosso igual que se expressa na virtude de educar para a vida.

Ambos, amor e educação, caminham juntos, não são esmolas vindas das mãos dos " bonzinhos" dos palanques, mas são direitos tão sagrados quanto ao de se chegar ao planetinha e nele se ter a chance de se seguir vivo pela vida.

Exatamente como um resgate emergente das mãos que furtam peles, ossos e almas da própria esperança.

Criança?

Sim, a expressão mais forte de atenção aos destinos, a que não precisa de tradução porque pulsa seu recado de socorro precoce em todas as línguas.

Que Deus olhe pelos pequeninos.

Porque nós, " os grandes", no presente momento carecemos de caminhos de resgate pelas nossas " teratológicas" cavernas do abandono.

Aquele... que só é lembrado e discursado na boquinha das urnas pelos que, na verdade só pelejam por uma "boquinha vitalícia" para si mesmos.

Nada acontece "por acaso".

Mavi, só pensando.