Meu "eu" cético

Fascino-me por este método, sim, este método. Fundado pelo filosófo grego Pirro de Élis, desenvolvido por Enesidemo e Sexto Empírico. O ceticismo, um desafio aos problemas gnosiológicos, seus sucessores causaram sacudidela aos antigos. Pirro transfere novas formas de pensar, com um discurso opositor as especulações dógmaticas. Alguns denotam esta doutrina, que não há existência de um encontro a verdade. Pirro acreditava que poderíamos vivenciar sem contermos uma crença, aliás, que este método poderíamos obter a ataraxia (tranquilidade espiritual).

O meu “eu” deliberou uma nova história, tão qual, uma nova crença (ou uma descrença). É assim que me encontro perfeitamente feliz, possibilito o destampo de meu intelecto. Diariamente, destrono meus paradigmas, aqueles que obtive dos desígnios de socialização de meus genitores, na qual, não pude deliberar. Restrinjo minhas antigas convicções, hoje me desloco a autonomia, hoje vinculo-me as minhas próprias medidas. Investigo!

Não julgue o ceticismo como iconoclasta, isto é, aquele que se insurge aos ritos, as religiões. Abate de si, todas as opiniões, juízos e afirmações que lhe foram concebidos sem nenhum exame crítico. Busco a verdade, minha própria verdade. Esta é, de fato, uma atitude crítica e filosófica que contesta as especulações dogmáticas, que não se fia sem ao menos elucubrar.

O ceticismo é florescente, localizado ao norte, norteando aqueles que buscam aquisição do conhecimento verdadeiro. Produtor de novas sementes. Semente ao encontro da veracidade, semente que há primordialmente o questionamento. O Questionamento por princípio, Suspensão de juízo por base, a Verdade por fim.

J Paulo Sousa
Enviado por J Paulo Sousa em 12/07/2018
Reeditado em 13/07/2018
Código do texto: T6388637
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