Dia após dia

A luta é diária

Dormir, acordar, levantar

Coisas simples que são tão difíceis hoje

Nunca sabemos o quão grave é até sentirmos na pele

Meus punhos estão erguidos

Mas uma força fora do comum os empurra para baixo

E minhas forças não são suficientes pra me manter firme

Fora o sentimento de culpa

De não me perdoar por nada

De saber que nada será como antes

Mas o novo pode ser bom

Ou que o renovo também poderá ser tão bom quanto

Seguimos um dia de cada vez

Tenho uma força que me empurra

E farei dela a força motriz para o arranque que preciso

Arrancar tudo de ruim que há dentro de mim

Ninguém sente essa dor que ha duas me obriga a escrever

E em conta gotas

Texto por texto, tirar isso de mim

E sair da contra mão onde estou parado

Sem vontade de desviar dos carros

E me colocar na mão certa

E seguir até chegar no lugar certo

E ao invés de do sexto andar olhar para baixo com pensamentos ruins

Olhar para o horizonte

Respirando fundo

E entender que não nada maior que nossos sonhos