Janelas da alma
Escondida dentro do meu corpo
Sinto-me presa e sufocada
Faço força para me libertar
Mas sigo só e calada
Sinto minhas asas podadas
Meu espírito acorrentado
O fogo que tenho no coração
Se tornou acinzentado
Porque não vivo em prisão
Sou como poeira no vento
Sobrevivendo com outra visão
Mas sei que não é o momento
Sigo meu caminho com calma
Vivendo através dos meus olhos
Pois são as janelas da minha alma
Respirando o ar que no meu peito acolho
Enxergo com profundo olhar
O que a vida tem pra me oferecer
E a liberdade que tanto almejo
Faz meu corpo perecer
O meu espírito voará
A procura do infinito
Sentindo a felicidade de estar
No meio daquilo que nunca me foi dito
Então continuo enxergando
Através das brechas que a vida me deu
Que são as janelas da alma
E vou viver aquilo que ninguém nunca viveu.