Janelas da alma

Escondida dentro do meu corpo

Sinto-me presa e sufocada

Faço força para me libertar

Mas sigo só e calada

Sinto minhas asas podadas

Meu espírito acorrentado

O fogo que tenho no coração

Se tornou acinzentado

Porque não vivo em prisão

Sou como poeira no vento

Sobrevivendo com outra visão

Mas sei que não é o momento

Sigo meu caminho com calma

Vivendo através dos meus olhos

Pois são as janelas da minha alma

Respirando o ar que no meu peito acolho

Enxergo com profundo olhar

O que a vida tem pra me oferecer

E a liberdade que tanto almejo

Faz meu corpo perecer

O meu espírito voará

A procura do infinito

Sentindo a felicidade de estar

No meio daquilo que nunca me foi dito

Então continuo enxergando

Através das brechas que a vida me deu

Que são as janelas da alma

E vou viver aquilo que ninguém nunca viveu.

Nirlene
Enviado por Nirlene em 24/07/2018
Reeditado em 27/07/2018
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