Minha autodestruição diária

Nada do que eu fiz ou faço é culpa direta de alguém, na realidade, tudo na vida da gente é resultado das nossas escolhas, sejam elas boas ou ruins. Ele me magoou de um jeito que eu nunca imaginei que poderia ser magoada na minha vida. Mas, hoje pensando melhor na situação olhando as coisas com a visão que eu tenho hoje, eu percebo que não foi culpa dele, ou só dele. Ninguém é obrigado a atender as nossas expectativas, como também ninguém é obrigado a retribuir os nossos sentimentos.

Apesar de ter superado a pessoa que ele foi, a frustração foi e continua sendo algo inevitável, afinal, quando empenhamos tempo e dedicação em algo (ou alguém) e tal coisa não vai pra frente, perguntas como "porque teve que ser desse jeito ? ou ainda pior, SERÁ QUE NÃO FUI SUFICIENTE?" infelizmente são constantes.

De qualquer forma, hoje nada disso tem importância. Foram meses tentando me recuperar e tentando juntar os vários pedaços que me encontrei depois do fim do que eu pensei ter sido o amor da minha vida.

O AMOR DA MINHA VIDA! Esse é o maior egoísmo do mundo, romantizado por uma sociedade que por mais que insista em dizer que conseguem ser felizes sozinhos, não passa de uma auto enganação.

O nosso único e maior erro é colocarmos em outra pessoa a responsabilidade de ser o amor da vida da gente, e quando essa pessoa não atende às nossas expectativas ficamos com raiva dela, com raiva da gente e com raiva da vida. E sinceramente, não tem que ser assim. Não deve ser assim.

Eu vi em algum lugar que é bom colocar os sentimentos pra fora. São 23:34 da noite do dia 01 de Agosto de 2018 e eu estou escrevendo tudo isso numa folha do caderno da minha irmã, depois de um surto de baixa auto estima e muito choro.

Por muito tempo eu quis culpar ele pela minha falta de confiança em mim mesma. Mas, sinceramente eu sou a única culpada pelas baixas expectativas em mim mesma e pela falta de amor próprio que me faz buscar a aprovação das pessoas.

É isso. É só isso. Foi só isso. Vai continuar sendo só isso.

Não escrevi nada disso com a intenção de publicar aqui. E apesar de saber que ninguém vai ler, minha consciência fica mais tranquila se eu me desculpar pelos erros de pontuação, organização e pela falta de palavras mais bonitas pra me expressar. Me desculpem.

Noemi Nayara
Enviado por Noemi Nayara em 02/08/2018
Reeditado em 01/04/2020
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