Depois de tantas tentativas, decidi parar e descobrir um novo caminho

Perdoa-me pelas tentativas em vão. Eu quero acertar. Apresenta-me o caminho.

Mais uma vez eu errei. Forcei muito a barra para trazer para perto quem estava caminhando em outra direção. Então, eu carreguei esse peso comigo.

Olha o que eu fiz! Mais uma vez me joguei no chão. Joguei-me onde ninguém mais poderia me ver. Eu me entreguei. Eu caí!

Depois de tantas tentativas, eu decidi parar de tentar. Respirei fundo. Foi aí que eu descobri um caminho.

Me pisotearam sem saber, sem me ver, pois só eu me via. Só eu sabia de mim. Eu sabia onde estava e entendi que aquilo era tudo o que eu precisava saber para voltar ao meu lugar, ao meu ponto de partida, que por muitas vezes ficou distante.

Eu avistei uma luz. Eu senti o alívio de me encontrar assim.

Ainda não sei se isso me toca o coração. Ele está calejado por tantas tentativas em vão.

Agora eu tenho um motivo para sair daqui. O fato de ninguém mais poder me ver, levanta o desejo de que eu preciso me enxergar.

Assim, eu me disse que o tempo em que fiquei ali instituiu em mim tudo o que precisava para dar continuidade na minha caminhada e fez com que eu me enxergasse antes dos outros.

Antes de me levantar, eu caí. Antes de cair, forcei a presença de muita gente ao meu lado. E no final, eu só tive meu próprio corpo para me erguer do tombo que a vida me deu e do caminho que eu quis trilhar.

Coloquei todas as bagagens comigo e subi. Encontrei a saída daquele fim de túnel no qual eu desabei quando acreditei que alguém pudesse ficar no buraco forçado em que eu cavei para que tivesse pessoas ao meu lado. E me perdoe pelos meus erros. Perdoa-me, por querer atenção de quem não tem atenção para dar.

Assim, eu entendi melhor o caminho para trilhar a minha vida.