De Repente

De repente, num dia ensolarado de verão, você se dá conta de que o calor do sol aquece mais do que o calor humano. E é nesse momento que você se pergunta porque as pessoas são tão frias, como é que elas conseguem carregar dentro de si tanta indiferença… Seria pela correria do dia a dia, ocasionada pelo trabalho, pelas responsabilidades e pelos problemas que elas tem para resolver? Seria pelo comodismo da rotina que nos absorve e nos tira o fôlego, diminuindo nossa capacidade de olhar para os lados e perceber que nem tudo está perdido naquele dia que finda? Ou seria pelo simples e pesado fato de que as pessoas se deixaram levar pelo que o mundo nos impõe, nos fazendo acreditar que é mais fácil viver num casulo frio do que ter a companhia de quem está próximo ou se deixar afagar pelo sorriso de um Bom Dia de quem passa por você a caminho do trabalho?

De repente a vida e a idade vão te impondo cada vez mais e mais responsabilidades, e você aprende a dar valor nos instantes de calmaria, nos domingos que pode ficar vendo TV de pijama o dia todo, nas visitas que faz aos familiares, nos encontros bem-humorados com os amigos.

De repente o certo é respirar fundo, acreditar que tudo que encontramos pelo caminho, dia após dia, nos servirá de aprendizado e crescimento, que não importa se o dia de hoje não está tão cheio de sorrisos ou de vitórias, ou se o de amanhã vai ser ainda mais nublado e chuvoso, importa mesmo é que sejamos repletos de luz interior, abundantes em esperanças de dias melhores e certos de que em cada segundo e minuto de nossas vidas somos acompanhados e guiados por uma força maior que nunca vai nos abandonar.

Marielli Garcia
Enviado por Marielli Garcia em 14/08/2018
Código do texto: T6418704
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