Não deixo de acreditar

Não vejo alegria no que faço, eu só queria seu abraço, em muitas coisas que faço não há prazer, faço apenas por fazer. Mas hoje o dia está tão lindo, deve ser você sorrindo, e ainda que eu não possa lhe encontrar, que o meu pensamento possa lhe abraçar.

Não vejo alegria no meu sorriso, muitas vezes eu o disfarço para que ninguém perceba a tristeza e a incerteza que ainda trago comigo, por não saber o que da vida vai ser, tudo parece se perder na imensidão dos meus pensamentos e na tristeza dos meus sentimentos.

Não vejo alegria nos meus dias, tudo parece uma grande encenação no palco da vida, os dias de alegria são bem raros, me refiro à uma alegria verdadeira e não fabricada, como muitas vezes me obrigo a demonstrar.

Não consigo enxergar a estrada da vida, parece que as saídas estão todas fechadas e nem mesmo um atalho não consigo enxergar.

Não vejo força na minha oração, muitas vezes elevo o pensamento apenas por elevar, mas ainda assim em Deus não deixo de acreditar. E nesses dias nublados e atribulados, procuro com Deus me encontrar, mesmo sem força para muitas vezes acreditar que tudo pode mudar.

Mas mesmo assim, não deixo de acreditar...

Rio de Janeiro, 30/08/18

Pedro Paulo Costa
Enviado por Pedro Paulo Costa em 30/08/2018
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