Titanic e o Porto Seguro!!

A noite é escura
um colosso de calor e frio
Um mar de desilusão 
corre no
peito
Calafrio...
Arrepio.
 
Soltas na mente, idéias...
Desconexas,
complexas
demais...
Para se entender
Sem o luar
Sem ao menos
A luz das estrelas.
 
E esse mar de incertezas
Corre entre afluentes de neurônios
Com falsos pseudônimos
De um poeta anônimo.
 
Anonimato que mata
Justamente por não ser anônimo
                                                  Sem pseudônimo...
Sem rumo
              Sem leme
                            Sem um porto
                                                 Seguro!!!
 
E o vento sopra forte
Nesse barquinho errante
Mero bote de um Titanic
Que nem lançado ao mar fora
Pois tem o casco deteriorado.
 
E a corda que o sustentava
arrebentou
Está a deriva;
Ondas fortes
Recifes a espreita
Onde ondas se arrebentam
 
Água que inunda
O barquinho do “SER
Que hora naufraga...
Lentamente...
                     Calmamente,
 
Como se a morte
Fosse sua sorte
Do azar que teve na vida
Por ter sido(a vida) 
má escolhida.
Por isso não vivida.
 
Arrasta-se, pois a mente,
Na turbulência de uma pororoca
Estrondosa
Maravilhosa 
e
mortal!!!
 
Onde está a calmaria????
O dia vem amanhecendo
Braços doendo
cabeça cansada
De tanto tirar água
De um casco apodrecido
De uma mente doente
demente 
e dementemente
Remando contra a corrente.
 
SOL!!!!
Finalmente o SOL
Entre nuvens começa a despontar
Para clarear o desapontamento
De alguém que ficou
A mercê do vento
Do tempo
Da falta de acalento
 
Pouco antes da chegada à praia
Nos arrecifes
Um estrondo
Nas pedras frente ao podre barco
Madeiras estilhaçadas
Coração partido.
 
Sozinho
Sem carinho
Um olhar para si mesmo
Uma palmeira
Uma praia de areia
Ilhado no seu "Eu"
 
Sem certeza;
                  Sem fundamento;
                                            Superficialmente.
                                                                       A esmo.  

esperança no olhar
De ver a vida clarear
Triste banco de areia.
 
E agora resta:
O sol escaldante
a mente errante
Pensamentos delirantes.
 
Eis que lança
Pois então, a lança;
Da esperança
A Deus!!!!
 
O único e invisível ...
Mas,
real
Porto seguro.
 

 

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