Last Hope

Naquele momento em que meus olhos refletiram e se viram tão tristes eu decidi que não deveria mais continuar, não foi uma questão de ser fraco ou forte, foi de bem ou mal, naquele caso era o meu próprio, mas é difícil sair do caminho, andar sem trilha para encontrar o sol, mas eu finalmente entendi, não era egoísmo pensar em mim, afinal se não fosse eu quem iria pensar? Eu teria que ser forte naquele momento, deixar meu orgulho de lado e assumir o erro. Comecei a pensar sobre o que eu tinha conquistado naquele ano, amigos, poucos, alguns conhecidos, outros inimigos, mas o que eu mais tinha acumulado era dor, sofrimento por amizades, escolhas, cansaço, medo, dias que me vi sem vontade, sem saída, sem vida. Hoje percebo o quanto fui tola, insistir em algo que me matava a cada instante, algo que não tinha futuro, mas reconheço o adiantamento, o crescimento e a fortificação. Agora eu só quero paz, não quero um amor, quero me amar, eu não quero me doar para ninguém, quero ser minha, não quero grandes amizades, nem uma namorada, quero um tempo para mim, ter um caso comigo, amar-me todas as noites e sentir-me pela manhã, ter longas conversas, posso até beijar-me, quero me conquistar, comprar flores para mim, limpar a casa para me receber, preparar o café, cuidar do corpo, posso ler alguns livros, contar-me piadas, lembrar de sorrisos, eu prometo que farei de tudo para me fazer feliz para sempre.

Thai Campos
Enviado por Thai Campos em 17/09/2018
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