#meubolsominionsecreto

O que podemos aprender com a campanha #meubolsominionsecreto- um pouco sobre esquerdismo e monopólio da diversidade.

Há pouco foi lançada a campanha “ meu bolsominion secreto”. Nela, grupos que se identificam com a esquerda fazem uma descrição- geralmente envolvendo acontecimentos julgados pela sociedade como vexatórios- numa tentativa desonesta e espúria de silenciar a oposição com ameaças de exposição de sua vida pessoal. Apesar da nítida canalhice e comportamento pueril de quem aderiu à campanha difamatória, dever-se-ia fazer, com mais escrutínio, uma análise da vilania desta recente moda que dominou a lacrosfera. Entre os “ podres” citados em parágrafos curtos e tão cheios de preconceito, parte significativa descreve a sexualidade, presunções criminais e supostas hipocrisias políticas. A mais evidente hipocrisia nesse discurso, que mais visa constranger que refutar com argumentos a oposição que tanto acusam de ser irracional, jaz no fato de que essa militância esconde uma enorme malvadez : poder-se-ia inferir que, se um indivíduo não está em consonância com as políticas de esquerda, ele, destarte, não tem o direito de exercer livremente suas escolhas pessoais. É o que chamamos de monopólio da diversidade, dado que, se você não é esquerdista, logo, você não tem o direito de “ errar” ( ressalta-se as aspas no verbo em questão), contrariando o discurso embelecido e floreado da esquerda, o qual defende, com unhas e dentes, as liberdades de escolhas que são contrárias a uma suposta cultura tradicionalista, patriarcal, moralista, misógina e cristã. Fato ainda mais digno de nota, é que a esquerda e sua tropa não hesitam em ofender e usar alcunhas pejorativas (as quais eles mesmos criticam e alegam ser perpetuadoras de preconceito), desde que isso sirva a sua causa. Em contra-resposta, um esquerdista dirá que o falso moralismo daqueles que decidiram não se curvar mais à hegemonia esquerdista, é o alvo dessas provocações pueris e covardes e que isso justificaria essas campanhas. Isso parte de um pressuposto criado por mentes delirantes, que acreditam com veemência que tudo aquilo que os contraria alimenta o fantasma inexistente do fascismo ou age como propulsor da homofobia, do racismo, da misoginia... Novamente, nos esbarramos no monopólio da virtude: para a esquerda, você só terá liberdade de lutar pelo direito das mulheres se for feminista; de ser homossexual se pertencer às comunidades que ditam as regras de como se deve agir, falar, e até mesmo votar ( vide a chantagem com a cantora Anita). Hipocrisia por hipocrisia, é melhor ter defeitos humanos normais do que insistir em votar num presidiário; em celebrar a facada de um senhor de idade por desacordo de opinião; em defender regimes genocidas, que deram errado todas as vezes que foram implantados, com o subterfúgio demagogo de que “ deturparam Marx”; em se preocupar em bisbilhotar a vida alheia, esquecendo-se de que tudo isso é engenharia social, e, sobretudo, esquecendo-se de examinar a própria conduta antes de atirar a primeira pedra.

O politicamente correto e as campanhas difamatórias da esquerda representam o que há de pior na sociedade: ditadores com síndrome de delírio persecutório, que acusam o outro de tudo aquilo que eles fazem, e que não hesitam em quebrar seu código de honra e conduta – sempre em frangalhos- para obliterar aqueles que não se encaixam na sua utopia quimérica de mundinho feliz.

Levante de Troia
Enviado por Levante de Troia em 23/09/2018
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